A alta nas mortes por Covid-19 pode causar problemas no sistemas de sepultamento

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Com a alta taxas de mortes por Covid-19 e a iminência de colapso do sistema de saúde de todo o Brasil, o sistema funerário tem sentido a pressão em ao menos quatro capitais. 6 capitais, de diferentes regiões, de Estados com mais de 80% de taxa de ocupação dos leitos de UTI foram checada: São Paulo, Porto Alegre, Porto Velho, Campo Grande, Salvador e Rio de Janeiro.

Na cidade de São Paulo, o número de sepultamentos nos 22 cemitérios da cidade chegou a 336 na terça-feira, 16 de março, – o mais alto dos últimos sete dias, segundo dados do Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP). 

Ainda na capital paulista, o mês de março já soma 4.490 sepultamentos, independentemente da causa da morte. O número de sepultamentos de fevereiro foi de 5.962. Em janeiro, foram  6.677 enterros.

A capital do Mato Grosso do Sul também tem sido impactada com o aumento de mortes no sistema funerário. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), em 2020, o número de sepultamentos na capital ficou em 1.400, sendo 959 em cemitérios privados e 441 sepultamentos sociais (de pessoas carentes).

Em 2021, nos meses de janeiro e fevereiro, foram 172 sepultamentos privados e 67 sociais. A projeção da secretaria é de que a cidade pode atingir 1.434 enterros (entre sociais e privados) até o final deste ano.

O sistema de saúde do Mato Grosso do Sul já está em colapso, com 102% dos leitos de UTI ocupados. O setor funerário do estado alega que tem dado conta da demanda e, até o momento, não enfrenta crise ou falta de materiais para produção de caixões.