Melhorar a infraestrutura das unidades de atendimento, investir em equipamentos e aumentar o número de vagas são algumas das medidas que a Prefeitura de Campo Grande vêm fazendo para dinamizar os atendimentos às pessoas com Deficiência. Nesses três anos de gestão, os atendimentos aumentaram e a soma é quase 50 mil serviços ofertados às Pessoas com Deficiência. Em 2016, nos quatorze equipamentos existentes foram realizados 8.582 atendimentos, já em 2018 foram 21.804, e em 2019 até setembro já são 13.916 atendimentos.
De acordo com o prefeito Marquinhos Trad, a Prefeitura vem buscando promover um conjunto integrado de ações para garantir a ampliação do sistema de proteção social e o acesso aos direitos, bem como nortear a execução da Política de Assistência Social.
“Para isso temos efetuado adequações na infraestrutura dos imóveis de todas as unidades da assistência social, garantimos a acessibilidade às pessoas com deficiência ou com dificuldades de locomoção. Sabemos que estamos no caminho certo, pois temos tido reconhecimento do nosso trabalho no Centro DIA, por exemplo, até como referência Nacional, integrando o observatório de boas práticas da Secretaria Nacional de Assistência Social”, conta.
Quem usa os serviços e acompanha de perto o trabalho, aprova, e concorda. A assistente social do Centro Dia para crianças de 0 a 6 anos com Microcefalia, Jessi Leal da Rocha, conta que antes os funcionários tinham algumas dificuldades quanto ao atendimento das crianças, mas depois da aprovação do cofinanciamento da Prefeitura o serviço se transformou.
“Conseguimos através desse recurso buscar e levar as crianças, porque a maioria delas não têm como vir aos atendimentos. O cofinancimento veio para dar autonomia para essas famílias, para melhorar a qualidade de vida de todas elas. Nossa Casa foi toda readaptada, foram feitas e transformadas salas de atendimento e descanso, sala da psicóloga, tudo isso feito depois do cofinanciamento. Adaptamos e melhoramos tudo”, diz
Mãe do Gustavo (de 13 anos, com microcefalia), a técnica de enfermagem Maria Suzana, participa ha mais de 5 anos das atividades da Unidade.
“Para o Gustavo é muito bom, porque ele faz os atendimentos de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, e agora, hidroterapia. O atendimento é ótimo e a instituição é como uma casa, porque a gente passa mais tempo aqui do que na nossa. O acolhimento é muito bom, as pessoas são muito agradáveis. Não adianta estar em um lugar aonde você chega e a pessoa está de cara feia”, diz.
Segundo ela, o Gustavo se desenvolveu bastante apesar de ele estar em um quadro clínico bem comprometido. “O desenvolvimento dele é lento, no momento estamos trabalhando o controle de tronco pra ver se ele adquire um pouco de equilíbrio, mas é uma criança saudável devido à fisioterapia e fonoaudialogia. O que permite ele viver bem”, afirma.
Participando das atividades há mais tempo – 6 anos – Laene Pereira, mãe do Caio (de 11 anos, Paralisia) conta que desde que o menino começou a frequentar o espaço se desenvolveu muito.
“Ele faz hidroterapia e todas as outras atividades. Ele desenvolveu o controle do tronco, já dá alguns passos, está ótimo. Estar na Renasce pra mim é a melhor coisa que aconteceu, porque eles assistem a família, todos nós que viemos aqui”, afirma.
Também há um Centro Dia para pessoas com deficiência adultas. Inaugurado em 2014, no dia 22 de agosto na Avenida Mato Grosso, o espaço mudou de endereço em 2017 para atender melhor as necessidades dos usuários.
“O local não era apropriado para atender esse público com deficiência por questões de acessibilidade e até as condições precárias do prédio. Quando essa gestão assumiu a partir de 2017, entendendo a nossa necessidade primou para adquirir um novo imóvel e hoje nós desfrutamos aqui de um espaço amplo, com muito mais acomodações, proporcionando uma melhor qualidade de vida para as pessoas que a gente atende e suas famílias, com isso também passamos a atender mais pessoas, de 60 para 80. As nossas atividades dobraram, nosso fluxo também está mais rápido por conta da agilidade do transporte que também foi resolvido”, contou Maisa dos Reis Rodrigues, coordenadora do local.
Frequentando o local há 3 anos , Emerson Martins, disse que chegou calado, tímido e hoje se sente seguro para se comunicar com todos.
“Quando eu entrei aqui eu era calado, fechado, não me dava bem com ninguém e o pessoal foi me ajudando, me dando autoestima, eles são minha segunda família, minha segunda casa. Eles são muito amorosos com a gente e isso foi me reanimando. Se puder vir pra cá que venha, que todos são amorosos com a gente, os cuidadores, cozinheiros, os visitantes, todo mundo, quem puder que venha porque vai ser muito bem acolhido”, finaliza.
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