Projetos habitacionais concretizam sonhos de 5 mil famílias em Campo Grande

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 Desejo de uma vida inteira, a conquista da casa própria é a realização de um sonho de milhares de famílias. Um sonho construído de tijolos, cimento, argamassa e telhas. Em Campo Grande, 5.027 famílias estão realizando o desejo de sair do aluguel ou da casa da sogra. Desde 2015, receberam as chaves 2.425 famílias; mas outras 2.605 residências já estão em construção.

As histórias desses homens e mulheres são muito parecidas. A cada entrega, o sorriso se faz presente, estampado nos rostos dos beneficiários. Mesmo anos depois, quem conquistou a casa própria não esquece como era viver de aluguel ou de favor.

No residencial Celina Jallad, no bairro Caiobá, a encarregada de supermercado Adriana Pereira, 40 anos, conta que antes morava com a sogra. “É a melhor coisa do mundo ter a minha casa. Na minha casa, entra quem eu quero”, conta.

Shirlei Duarte lembra da dificuldade do aluguel

A dona de casa Shirlei Duarte, 32, lembra da dificuldade de pagar aluguel de R$ 500. Hoje, paga prestação de R$ 25 para viver em uma casa que é dela.  “Mudou minha vida. É muito diferente ter o que é seu”, disse.

Em todo o Estado, são mais de 26 mil casas garantidas, entre entregues, em construção e contratadas. O governador Reinaldo Azambuja explicou que, para garantir mais moradias, foi preciso criar soluções.

“Em um momento em que o programa Minha Casa, Minha Vida, praticamente parou, usamos a criatividade com programas como o do FGTS e o Lote Urbanizado, que é um programa premiado nacionalmente. Graças a essas novas soluções, Mato Grosso do Sul é um dos estados do país que mais constroem casas, garantindo dignidade para milhares de famílias”, explicou Reinaldo Azambuja.

Dignidade

Para muitas pessoas, a casa é muito mais do que um lar ou um patrimônio. Ela representa dignidade. Na antiga Cidade de Deus, a vida era em barracos, debaixo de lonas. Agora, no Bom Retiro, os moradores vivem em casas de alvenaria, de 46 m², com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. As novas residências têm piso, reboco e forro.

Foto: Edemir Rodrigues

Antes: Maria já viveu em barraco

Foto: Chico Ribeiro

Depois: Hoje, ela vive em uma casa de alvenaria

Quem vivia do lixo e no lixo, hoje tem uma casa. Esse é o caso de Maria Moreira da Silva, que aos 79 anos conquistou a sua primeira casa própria e deixou para trás a vida sofrida em que viveu no Lixão recolhendo material reciclável para sobreviver.

No Bom Retiro, um diferencial importante do programa é que as unidades habitacionais foram erguidas pelos próprios moradores, que passaram por capacitação, aprenderam uma nova profissão, e não terão que pagar mensalidade.