Requalificação incentiva oferta de novos usos e serviços na área central

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Impulsionar novos usos e serviços na área central com a requalificação do espaço urbano sempre foi um dos objetivos do Programa Reviva Campo Grande, executado pela Prefeitura Municipal. Financiadas pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, as melhorias na infraestrutura do coração comercial da Capital passaram por embutimento de redes, drenagem, pavimentação, alargamento de vias, padronização de calçadas, iluminação em LED, instalação de mobiliário urbano como bancos, lixeiras e bicicletários, entre outras benfeitorias. A região, com mais de 100 quadras, está mais segura, confortável, climatizada por conta da arborização e com acessibilidade universal garantida.

Foi o que levou o empresário Victor Petuco a inaugurar há dois meses, a primeira academia de ginástica no centro, bem na Rua Marechal Rondon. Além da inovação no segmento, o novo negócio inova no horário estendido, funcionando das 5:30h até a meia-noite. “Estamos na região central, em frente a um shopping, não tem nenhuma academia aqui, então não tem concorrência. Tem muito morador do centro que vem aqui. Depois que teve o Reviva, o centro de Campo Grande ficou muito mais bonito, então é bom para todos, dá gosto de vir para cá”. Victor ainda dá uma dica de investimento para quem quiser inovar. “Só falta um mercado agora”.

Quem também deve aproveitar a lacuna de empreendimentos funcionando no período noturno é o empresário Bruno Salabastian. Em Campo Grande há cinco anos, o publicitário percebeu que, depois da pandemia, os lugares e espaços de entretenimento e gastronomia precisavam de uma renovação. Então, ele se juntou aos amigos Leo e Mercolis para abrir um bar na Rua 14 de Julho. “Fizemos pesquisas para entendermos um pouco mais do que faltava de opção e o que poderia suprir a vontade de Campo Grande. E, compreendendo tudo que queríamos oferecer, pensamos no bar e restaurante, que com o tempo virará um clássico boteco”.

Bruno comenta que a 14 de Julho requalificada era exatamente o local que combinava com a proposta do novo negócio. “Queríamos um espaço que além de interagir com a rua, fizesse parte de um local central e conhecido em Campo Grande. Passamos cinco meses só decidindo local e, no afunilamento de ideias, acabamos optando pela 14 de julho por toda a estrutura que ela proporciona e porque condizia com o conceito do local, calçada grande, bancos que já fazem parte da estrutura da rua, o que foi facilitando para toda a ideia do bar”.

Na Rua Barão de Melgaço, outra via que faz parte da área requalificada, a novidade é um ginásio de escalada esportiva, inaugurado no início de outubro. “É um esporte que até virou olímpico, agora em Tokyo. A gente construiu do zero, procuramos terrenos com certa liberdade, estudando os regulamentos de ocupação de solo e afins da Prefeitura e esse espaço atendia todas as nossas necessidades”, conta o proprietário Luís Carlos Diaz Brett. Ele destaca ainda a qualidade do asfalto e iluminação como pontos positivos para escolha da instalação.

A reativação do emblemático Hotel Campo Grande também promete movimentar o centro. Com previsão de início das obras em janeiro de 2024, o projeto vai agregar clientes e, consequentemente, refletir no consumo no comércio da região. O empresário Wagner Borges conta que as atividades no empreendimento começam a partir de dezembro do ano que vem. “Vemos que o centro tem muito a crescer”. O projeto do Hotel tem investimento de R$50 milhões.

Renato Paniago, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), avalia positivamente o novo cenário e comemora a instalação e diversificação dos negócios. “A abertura de novas empresas no centro é muito benéfica pois contribui para o desenvolvimento da região fornecendo bens e serviços necessários para quem trabalha ou reside no local. Os consumidores se beneficiam pela comodidade ao encontrar uma variedade de produtos e serviços na mesma área. Além disso, a chegada de novos negócios sempre gera novas oportunidades de emprego, aumentando a renda das famílias, beneficiando a economia como um todo”, analisa Paniago.

Para a coordenadora do Reviva, Catiana Sabadin, aumentar os atrativos e a oferta de novos serviços na região central é uma tendência pós-requalificação que vem mais forte com o fim da pandemia. “Estamos chegando ao período de festas, Natal e uma via que garanta comodidade aos frequentadores é a certeza de aumento de fluxo e, consequentemente, de consumo”.

A prefeita da Capital, Adriane Lopes, reforça que o centro da cidade já está se preparando para as festas de fim de ano. “Vamos iluminar a região, a Rua 14 de Julho será novamente palco das festividades, com várias atrações e com isso, esperamos impulsionar as vendas no comércio, como feito nos anos anteriores”.