Ontem, o STF abriu um novo inquérito contra Bolsonaro, atendendo ao TSE. A acusação é de divulgar dados sigilosos do tribunal eleitoral e, além dele, serão investigados um deputado federal e um delegado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu a segunda notícia-crime apresentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bolsonaro responde agora também pela divulgação, nas redes sociais, de um inquérito sigiloso do tribunal eleitoral, que apura invasão nos sistemas da Corte.
A decisão atende a um pedido feito pelo TSE na segunda-feira (9). A notícia-crime endereçada a Moraes foi assinada por todos os ministros do TSE.
Também passam a ser investigados, sobre o vazamento, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa.
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A sessão de Ricardo Barros na CPI tem discussão e promessa de convocação futura
A sessão da CPI da Pandemia que ouviu o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), nesta terça-feira (12), foi suspensa, retomada e finalmente encerrada em decorrência de desentendimentos com o depoente.
O depoimento foi marcado por discussões acerca das declarações de Barros sobre a citações de seu nome pela CPI, além da apresentação de um vasto material levado pelo líder do governo para compor sua defesa. Tal posicionamento gerou tensão entre os senadores, que questionaram a intenção do deputado na comissão.
A primeira suspensão da sessão aconteceu após o deputado negar que tivesse sido mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que contrastava com as declarações do deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre o caso da Covaxin, e solicitado a reprodução de um vídeo, posicionamento que incomodou senadores.
Porém, foi a segunda suspensão que mostrou-se determinante para o encerramento definitivo da oitiva. Ricardo Barros afirmou que a CPI “afastou várias empresas [vendedoras de vacinas] interessadas em fazer negócios com o Brasil” devido a forma como os trabalhos estão sendo conduzidos no Senado.
A fala de Barros provocou forte discussão entre os senadores. “Afastamos a vacina que o governo queria tirar proveito”, rebateu o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), que, na retomada da sessão, anunciou que o depoimento estava encerrado e confirmou a convocação de Ricardo Barros em um momento futuro.
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Mais transparência às urnas eletrônicas:
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (12) medidas para ampliar “ainda mais” a transparência das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro.
Barroso fez o anúncio no início da sessão do TSE, dois dias depois que a Câmara rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.
Segundo Barroso, apesar de o tema parecer ter ficado “para trás”, é preciso dar esclarecimentos às pessoas de “boa-fé” que ainda consideram que o voto impresso tornaria a eleição mais segura.
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Bolsonaro confirmou que o auxílio vai acabar em outubro.
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira que o governo federal vai encerrar em outubro o pagamento do auxílio emergencial concedido por causa da pandemia de covid-19, com o início do pagamento do novo programa social, Auxílio Brasil, a partir de novembro. O governo renovou em julho o auxílio emergencial por mais três meses —agosto, setembro e outubro— e lançou nesta semana o Auxílio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família.