A implantação de 69 quilômetros de corredores de ônibus, prevista no plano diretor de mobilidade urbana de Campo Grande, em vigor desde 2009, pelo planejamento da Agetran, vai reduzir em até 20% o tempo de viagem dos ônibus, tanto centro/bairro, quanto bairro/centro. Este ganho de funcionalidade será estendido a todo o sistema de transporte, utilizado diariamente por 220 mil pessoas, quando os demais corredores (sul e norte) estiveram funcionando na plenitude.
Este impacto já será sentido à curto prazo, quando estiver funcionando o corredor sudoeste, que está em estágio mais avançado de implantação. Os ônibus hoje demoram 30 minutos para chegar ao centro da cidade, tempo cronometrado quando deixam o Terminal Aero Rancho, após o embarque do último passageiro. Este ganho de 6 minutos, que também será alcançado no sentido inverso (centro-bairro), com os corredores da Guia Lopes/Brilhante e Marechal Deodoro.
A redução do tempo de viagem será possível porque a velocidade média dos ônibus aumentará de 16 para 25 quilômetros por hora. Como trafegarão na faixa exclusiva, os coletivos terão trânsito livre, com semáforos funcionando de forma sincronizada nos cruzamentos onde haverá estações de pré-embarque. Além disso, não terão de disputar espaço com os demais veículos em circulação pelas ruas.
Além de tornar a viagem mais rápida, com o percurso sendo feito em menor tempo, em consequência os usuários ficarão menos tempo nos terminais e estações de pré-embarque, porque o intervalo de passagem entre um ônibus e outro será menor, sem necessidade de aumentar a frota em circulação o que encarece a tarifa. Mais ônibus significa maior quilometragem, custo operacional maior, o resultado final desta equação é o passe de ônibus mais caro.
Projeto de mobilidade urbana
A base do projeto de mobilidade urbana, aprovado em 2009, é a implantação de corredores exclusivos para a circulação dos ônibus entre os terminais Guaicurus/ Morenão (corredor Sul); Morenão /General Osório e Nova Bahia (corredor Norte), passando pelo Centro da cidade e o Corredor Sudoeste, interligação dos terminais Aero Rancho e Bandeirantes com o Centro da cidade e também no sentido inverso. A execução do projeto começou pelas ruas Guia Lopes e Brilhante, que integram o corredor Sudoeste.
Em 2012, a Prefeitura contratou junto à Caixa Econômica Federal um empréstimo de R$ 120 milhões, (financiamento do FGTS) para começar a tirar do papel o projeto de mobilidade esboçado em 2009. Como o projeto não avançou por 4 anos, a Prefeitura perdeu o recurso complementar que viria do Orçamento da União, para terminar os corredores Sul e Norte .
O financiamento era suficiente para implantar parte do projeto, o corredor Sudoeste e parte dos corredores sul (Avenida Gury Marques) e Norte (Avenida Calógeras e Rua Bahia). São intervenções de infraestrutura, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, que exigem um alto investimento em drenagem, um pavimento mais resistente (com custo maior), nos corredores, piso rígido nos locais reservados às estações de pré-embarque. O recapeamento já foi concluído na Rua Bahia (Corredor Norte), está em licitação as obras na Avenida Marechal Deodoro). Na sequência serão licitados os corredores da Avenida Calógeras e Rui Barbosa.
Já está adiantada a contratação de R$ 96 milhões de um financiamento do Avançar Cidades para os trechos complementares dos corredores sul (Avenida Costa e Silva) e norte (Coronel Antonino, Cônsul Assaf Trad, Alegrete, 25 de Dezembro). O corredor da Avenida Mato Grosso será feito em parceria com o Governo do Estado.
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