Cresce o número de indígenas que trabalham nas lavouras de maçã em SC e RS

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A inserção de indígenas no mercado de trabalho tem sido uma realidade que só aumenta em Mato Grosso do Sul. Desde 2015, trabalhadores indígenas do Estado têm tido a oportunidade de trabalhar no raleio e colheita de maçã na região sul do País.

No ano passado o número de trabalhadores contratados foi 18 vezes maior que o primeiro ano da iniciativa, quando o Estado enviou 207 indígenas para trabalhar em Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS).

Dados da Fundação do Trabalho (Funtrab) mostram que em cinco anos, houve um crescimento gradativo dessas contratações que chegam a aproximadamente 80% do número de indígenas encaminhados. Para se ter uma ideia, em 2019 foram encaminhados 4.155 candidatos, dos quais 3.676 foram contratados para atuarem nas lavouras do Sul.  

A ação é fruto de parceria entre Governo do Estado, por meio da Funtrab, Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas. Juntas, as instituições fazem o cadastro, seleção e orientação, além de manter assegurados todos os direitos dos trabalhadores que são enviados para o sul do País.

Safra 2020

Aproximadamente 3.138 indígenas já embarcaram este ano, rumo as cidades do sul do Brasil onde irão trabalhar por cerca de 90 dias nas lavouras de maçã. No momento trabalham na colheita da variedade Gala e em março da Fuji. São homens e mulheres, a maioria deles das cidades de Iguatemi, Miranda e Aquidauana.  

Para a safra deste ano a expectativa de sete empresas de RS e SC é contratar 5.000 indígenas do Estado. A contratação é feita de forma a garantir segurança jurídica dos trabalhadores e também dos empregadores. Os indígenas saem de Mato Grosso do Sul com registro na carteira, salário fixo de R$ 1,3 mil, mais adicional de produtividade, transporte, alojamento e refeição.

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