Com a conclusão do último trecho de 40 metros, na Rua Pompeo Ferreira da Silva, a Prefeitura de Campo Grande concluiu as obras de pavimentação e drenagem da linha de ônibus do Jardim Botafogo, mas também atende bairros vizinhos: Morenão, Roselândia e o Residencial Anapólis.
Este trecho exigiu readequação do projeto original, que demorou mais de 60 dias para ser aprovada pela Caixa Econômica Federal, porque nos 40 metros finais da Rua Pompeo Ferreira da Silva, o lençol freático é aflorado, onde basta perfurar 1,5 metro para a água literalmente brotar.
Foi necessária a construção de um “colchão de pedra” com quase meio metro de altura, recoberto de uma manta geotécnica e um dreno lateral para escoar a água até a boca de lobo mais próxima na Rua Rivaldir Alberti. A drenagem profunda garantiu a compactação da pista.
O projeto de pavimentação e drenagem do Botafogo chegou a ser iniciado em 2012, mas acabou interrompido algum tempo depois e a primeira empreiteira responsável pela obra rescindiu o contrato. Outro entrave é que a gestão anterior não pagou R$ 72 mil de indenização ao proprietário da faixa de terreno usada como área de serventia para a implantação de rede de drenagem no final da Rua Rodrigo Moura.
Longa espera
A entrega do asfalto representa o fim de 26 anos de espera para 247 famílias do Residencial Anapolis, um conjunto habitacional dos anos 90.
“Recebi, em 1993, da CDHU (antiga empresa estadual de habitação), as chaves da minha casa. Mudei na semana seguinte e, desde então, foram 26 anos sofrendo com poeira e barro, assistindo todos os bairros da região sendo asfaltados. Há oito anos, quando foi feito o asfalto na Vila Pioneira e na Rivalcir Albert (linha de ônibus, a menos de 100 metros de casa), achei que passaria aqui, mas, infelizmente, não aconteceu o que a gente esperava”, conta dona Marta de Levy Rosa.
Quem também está muita feliz com a chegada do asfalto é Suzana Carvalho, que mudou em 2017 no bairro e menos de um ano depois vai ficar livre da poeira, do barro e já vê seu imóvel se valorizar. “Acho que a Prefeitura estava esperando eu mudar pra cá”, afirma, em tom de brincadeira.
Para o comerciante Marcio Araújo, dono de uma mercearia na esquina das ruas Iraque com Goiatuba , a chegada do asfalto representa melhor qualidade de vida e valorização dos imóveis. Já Celso da Silva Ferreira, que mora na Rua Mirai, pontua que a obra representa o fim de 15 anos de convivência com a poeira e o barro.
O projeto
O projeto de pavimentação do Jardim Anápolis chegou a ser iniciado em 2012, mas o serviço foi interrompido no ano seguinte. A primeira empreiteira rescindiu o contrato e a gestão passada não providenciou uma nova licitação.
O prefeito Marquinhos Trad teve que fazer gestões junto ao Ministério das Cidades para renovar o convênio que venceria no último mês de abril. Sem esta providência a Prefeitura perderia os recursos, em torno de R$ 1,3 milhão, alocada em 2011 no orçamento da União, por uma emenda parlamentar do então deputado federal Luiz Henrique Mandetta.
Foram investidos R$ 1.332.560,82 na execução de 746 metros de drenagem e 2,2 quilômetros de asfalto. O projeto garantiu a pavimentação das ruas Paraúna (entre Centro Oeste e Rivaldir Alberti); 13 de Novembro (entre Centro Oeste e Goiatuba); Canabras (entre Centro Oeste e Rivaldir Alberti); Mirai (entre Centro Oeste e Goiatuba); Mirai (entre Rivaldir Alberti e Divino Fonseca); Rodrigo Moura (entre Rivaldir Alberti e Fim de Rua); Iraque (entre Centro Oeste e Kilda Monteiro); Pompeu Ferreira (entre Centro Oeste e Rivaldir Alberti); Junes Salaminy; Kilda Monteiro; Francisco dos Anjos (entre Assaré e Rodrigo Moura) e Divino Fonseca (entre Assaré e Rodrigo Moura).