O Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial celebrado nesta sexta-feira (26) tem como objetivo mobilizar a sociedade para os cuidados de prevenção a doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Para marcar a data, as unidades básicas de saúde (UBS) e de saúde da família (UBSF) prepararam diversas ações para alertar a população.
A hipertensão ocorre quando a medida da pressão se mantém freqüentemente acima de 140 por 90 mmHg e é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como Doença Arterial Coronariana (DAC), Doença Renal Crônica (DRC), Retinopatia Hipertensiva e Insuficiência Vascular Periférica.
Em Campo Grande, segundo o VIGITEL (2017), 26,2% da população adulta possui diagnóstico de hipertensão, sendo que aproximadamente 54 mil hipertensos estão cadastrados nas UBS/UBSF que oferecem serviços voltados a esse público durante todo o ano através do Programa de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA), que tem como objetivo promover o acompanhamento, tratamento contínuo e o controle da pressão arterial e de fatores de risco associados, por meio da modificação do estilo de vida e/ou uso regular de medicamentos.
Em 2018, foram realizadas 122.394 consultas médicas e 26.140 consultas de enfermagem para pacientes hipertensos. Só no primeiro trimestre de 2019 já foram realizadas aproximadamente 42.900 consultas para este público na Atenção Básica.
Na Rede Municipal de Saúde, a pessoa com hipertensão tem acesso a medicamentos, apoio diagnóstico e laboratorial, tratamento de complicações, consulta com equipe multidisciplinar, incluindo o Núcleo Ampliado de Saúde da Família na Atenção Básica (NASF-AB) e outros serviços como encaminhamento para atendimento especializado e internação hospitalar, quando necessário, Pronto Atendimento de Urgência e Emergência e o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU).
Para manter o controle da hipertensão e prevenir complicações, além do acompanhamento multiprofissional e uso dos medicamentos disponíveis, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável, como:
- Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
- Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
- Praticar atividade física regular;
- Abandonar o tabagismo;
- Moderar o consumo de álcool;
- Evitar alimentos gordurosos;
- Controlar o diabetes;
- Aproveitar momentos de lazer.
Para promover a qualidade de vida da população e ampliar as ações e serviços que possam provocar mudanças nos hábitos de vida da população foi criado o “Projeto Lazer e Saúde” onde são ofertadas práticas de atividades físicas, lazer, atividades educativas, inclusão social, promoção à saúde e prevenção de doenças. O projeto acontece de segunda a quinta-feira, após as 18 horas, no Parque Ayrton Senna com profissionais da Fundação Municipal do Esporte (FUNESP) e Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).
Hipertensão
Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles:
– fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física;
– além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos e em diabéticos.
Sintomas
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Diagnóstico
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver hipertensos na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.