Hemocentro de Dourados terá investimentos de R$ 2,3 milhões para reforma

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O Hemocentro Regional de Dourados vai passar, nos próximos meses, por uma completa reforma com recursos estaduais e federais que somam R$ 2,3 milhões. Para tanto, o governo do Estado aguarda laudo da Caixa Econômica autorizando o início do processo licitatório para obras nos dois blocos, envolvendo pintura, restauração nas instalações elétricas, hidro-sanitárias e de água pluvial, reparos no telhado, revestimento de paredes, trocas de ferragens, vidros e instalações preventivas de incêndio.

Do total a ser investido nos blocos I e II, a maior parte (R$ 1,7 milhão) será oriunda dos cofres estaduais. O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, vai aplicar R$ 645,8 mil no bloco II, cuja verba é resultado de emendas do então deputado federal Carlos Marun (R$ 445.815,00) e do então senador Waldemir Moka (R$ 200 mil), ao Orçamento Geral da União/2017.

As despesas com a revitalização do bloco I serão custeadas integralmente com recursos estaduais, no valor de R$ 1,44 milhão, onde serão reformados 538,82 m2, com uma ampliação de 136,98 m2 . Já no bloco II a reforma vai atingir 464,86 m2. O total de construção após as obras será de 1.140,66 m2.

                Descentralização

“A reforma do Hemocentro Regional de Dourados está inserida na proposta de descentralização da Rede Hemosul-MS. Aunidade cumpre a função de disponibilizar sangue de qualidade para aqueles que precisam. Parcela significativa das doações de sangue da rede de nosso Estado são coletadas no Hemocentro de Dourados”, afirma o secretário Geraldo Resende. “Daí, a grande importância de que possa ofertar à população e aos servidores um local em condições adequadas de trabalho e atendimento”.

A coleta de sangue no Hemocentro Regional de Dourados corresponde a 21% de toda a coleta da RedeHemosul-MS, que realiza 470 mil exames por ano, sendo que os testes NAT são realizados também para Mato Grosso. 

Segundo Marli Terezinha Micharki Vavas, coordenadora geral, anualmente são coletadas cerca de 12 mil bolsas e produzidos 28.500 hemocomponentes na unidade de Dourados. Também são distribuídos 18 mil hemocomponentes e realizados três mil exames de provas de compatibilidade sanguíneas.

“Os exames sorológicos são centralizados no Hemosul-Hemocentro Coordenador em Campo Grande e correspondem a aproximadamente 98.000 exames realizados em um ano para as coletas de Dourados. Por isso, é fundamental o posicionamento do Hemocentro de Dourados na região onde atua. A descentralização da produção de sangue é extremamente relevante para atender ao desejo da população do interior em doar sangue, o que não seria possível se centralizado apenas em Campo Grande”, explica Marli. “A distribuição descentralizada também é fundamental para fazer com que o hemocomponente chegue o mais rápido possível e com qualidade ao paciente que precisa”, conclui.

De acordo com o secretário Geraldo Resende, a reforma da unidade em Dourados é essencial para que continue atendendo com qualidade e em uma proporção ainda mais significativa à população da região: “Localizado em um ponto estratégico do Estado, atende a toda a microrregião de Dourados, distribuindo sangue de qualidade para os municípios que a integram”, salienta. O Hemocentro Regional de Dourados está situado à Rua Waldomiro de Souza, número 295, na Vila Industrial, atendendo de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h para coleta, das 7 as 13h para entrega de documentos e exames e durante 24 horas para distribuição de sangue.

Estoque

A Rede Hemosul em Mato Grosso do Sul, responsável por toda a gestão de coleta de sangue no Estado, é totalmente pública. Sua atuação é estratégica, significando que cada unidade hemoterápica tem um estoque estratégico, uma quantidade estipulada de hemocomponentes que devem estar estocados diariamente para atender à população daquele entorno.

O estoque estratégico é definido a partir de um cálculo realizado em relação à demanda de sangue dos leitos de média e alta complexidade da região que a unidade atende. Em Dourados, a coleta de 100 bolsas de sangue diárias é suficiente para atender à demanda, o que é possível coletar durante o período de funcionamento.Uma quantidade muito maior do que a média estipulada levaria à perda de bolsas, tendo em vista que a vida útil dos hemocomponentes varia: as hemácias duram de 35 a 42 dias; as plaquetas, apenas 5 dias; e o plasma, um ano.