A retomada pelo Governo do Estado da obra de implantação de 40 km da MS-228, entre a Curva do Leque (trevo com a MS-184) e a Fazenda Alegria, no Pantanal de Corumbá, com a liberação de licença ambiental, vai exigir mais do que recursos financeiros e o enfrentamento de um solo arenoso, um dos limitadores do acesso à região. O grande desafio do Estado e da empreiteira será transportar o resíduo de minério para compactar a estrada.
Esse trecho da MS-228 passa por um período de seca, contudo as pontes de vazantes no trecho são de madeira, as quais não suportam peso acima de 15 toneladas. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) terá que, obrigatoriamente, executar desvios ao lado dessas estruturas para a passagem dos caminhões carregados de minério – material escolhido para o cascalhamento da estrada pela proximidade da jazida.
“A logística desse transporte será um desafio”, afirma o chefe da residência da Agesul em Corumbá, Luiz Mário Anache. Segundo ele, de um total de 20 pontes situadas entre a jazida e o trecho em obra, em uma distância de 50 km, pelo menos em nove passagens sobre vazantes serão construídos desvios com tubulação de concreto, devido ao volume de água corrente. Esses pontos críticos situam-se entre o Porto da Manga (Rio Paraguai) e a Curva do Leque.
Serviço de terraplenagem em execução na MS-228, concluído no ano passado. Foto: Agesul
Obstáculos naturais
“Não podemos correr o risco de afetar uma ponte com a intensidade do fluxo de caminhões passando, o que representaria interditar a estrada, causando prejuízos aos produtores rurais, ao turismo e à comunidade que ali vive, além de atrasar a obra”, explicou Anache. A Agesul definirá os trechos que exigirão a colocação de tubos, para início imediato do serviço. O volume estimado de transporte do resíduo de minério é de 600 mil toneladas.
Ponte de madeira da MS-228, na região do Porto da Manga: obstáculo natural.
A logística a ser montada inclui o deslocamento para o Porto da Manga de uma balsa de maior estrutura para atender ao volume de caminhões com material na transposição do Rio Paraguai. Por determinação do governador Reinaldo Azambuja a obra da MS-228 deve ser reiniciada de imediato, atendendo a comunidade pantaneira da Nhecolândia e evitando-se transtornos futuros com a subida das águas no período da cheia, a partir de abril ou maio.
A implantação dos 40 km da MS-228 já avançou com a conclusão do serviço de aterro da pista. Os investimentos do Governo do Estado na obra somam R$ 8,4 milhões. O trecho integra o projeto da Rota Pantaneira, que inclui outros 19 Km da estrada entre a Vazante do Castelo e a Fazenda Conceição (Aquidauana-Rio Verde), em execução. O Estado já implantou 34 Km da MS-423, entre a Serra da Alegria (Rio Verde) e a fazenda Morrinho (Corumbá).
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