Espetáculo “Rita Proibida” chega a Campo Grande

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Apresentação será realizada nesta sexta-feira, com performance da cantora
e atriz campo-grandense Magê

Em clima descontraído, enérgico e contagiante, a atriz, cantora e compositora campo-grandense Magê interpreta, nesta sexta-feira (30), na Cervejaria Canalhas, os clássicos da icônica cantora Rita Lee no espetáculo “Rita Proibida”, a partir das 20 horas. No repertório, canções como “Lança Perfume”, “Doce Vampiro” e “Ovelha Negra” contagiam e colocam o público para cantar do início ao fim do show. O projeto promete ser mais que um musical ou um tributo a Rita Lee, mas uma performance vibrante e cheia de energia. “Não se trata de um cover ou só de uma homenagem, mas apresenta o que ela imprime nas várias gerações de artistas que a sucedem”, define Magê.

O projeto ganhou o título de “Rita Proibida” pois Rita Lee foi a cantora e compositora mais censurada do Brasil, e essa perseguição estendeu-se do período do estabelecimento da Ditadura Militar (1964), do seu fortalecimento com a promulgação do Ato Institucional número 5, em 1968, e continuou mesmo depois da redemocratização do País, em 1985. Ela teve inúmeras letras proibidas, em função de, principalmente, “atentarem contra a moral e os bons costumes”. Acredita-se que existam, ainda, uma enormidade de letras por ela escritas nas gavetas do extinto Departamento de Censura.

Crédito: Rodrigo Westphal

Assim, Magê traz para o palco toda a irreverência da Rainha do Rock Brasileiro, que faleceu no ano passado, com especial destaque para as músicas que foram censuradas durante a Ditadura Militar, como “Banho de Espuma” e “Papai Me Empresta o Carro”. “A gente se pautou um pouco nas músicas que sofreram veto, críticas ou algum tipo de repúdio. Também escolhemos com base nas músicas que, diante de tudo o que lemos e ouvimos, trariam algo de autobiográfico. Então não tem muita ordem cronológica, mas a história da Rita por Rita”, explica a cantora e atriz.

Para Magê, a repressão à arte de Rita evidencia o fato de comportamentos e posturas libertárias serem sempre ameaçadores, independentemente dos contextos políticos nos quais se insiram. “Ainda mais se oriundos da escrita feminina, interditada há muitos séculos em sociedades machistas. A verdade é que a Rita era símbolo de liberdade sexual feminina, entre tantas outras liberdades”, completa. O espetáculo foi lançado em São Paulo e chega agora a Campo Grande, cidade natal de Magê.

 Sobre a artista

Maria Eugênia Pacheco (Magê) nasceu em Campo Grande em 1992. É atriz, cantora e compositora. Tendo o teatro, a TV e o cinema como precursores de seu envolvimento na música, usa de toda a experiência de seus 13 anos de carreira, assim como da própria dramaticidade contida nas letras e melodias de suas canções, autorais e releituras, para promover uma experiência musical única. Formada em atuação, esteve na última temporada de “A Grande Família”, série de grande destaque da TV Globo, como a personagem Nenê jovem. Na mesma emissora, também atuou em “Assédio”, série dirigida por Amora Mautner.

Crédito: Rodrigo Westphal

Serviço: O espetáculo “Rita Proibida” será apresentado em Campo Grande nesta sexta-feira, dia 30 de agosto, a partir das 20 horas, na Cervejaria Canalhas, Rua Oceano Atlântico, nº 99 – Chácara Cachoeira. Ingressos com preço promocional pela plataforma Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/tributo-a-rita-lee/2599512