Reajuste de professores é aprovado pela Câmara Municipal de Campo Grande

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande aprovaram, na sessão desta quinta-feira (09), seis projetos de lei, entre eles o reajuste de 10,39% no salário dos professores da Rede Municipal de Ensino.

O projeto 10.857/23 foi aprovado em regime de urgência, em única discussão, sendo amplamente discutida com a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública).

Pela proposta, 4% serão pagos a partir deste mês e os outros 6,39% a partir de junho a título de verba indenizatória para professores ativos e inativos. Na mensagem do Projeto 10.857/23, de autoria do Executivo, a prefeitura justifica que a medida foi aprovada pelo Sindicato. Várias reuniões foram realizadas com a prefeitura, representantes dos profissionais e vereadores.

A proposta foi protocolada na Câmara na quarta-feira e no mesmo dia já encaminhada para análise da Procuradoria da Casa de Leis. “Temos compromisso com servidores. Chegou ontem o projeto, pedi à Procuradoria que analisasse e hoje autorizei requerimento de urgência”, disse o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, presidente da Câmara.

Ele ressaltou que tomou o cuidado de ligar para o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, para confirmar se a proposta atendia ao que ficou combinado com a categoria. “Encaminhei para o Gilvano e falei me avisa se tiver uma vírgula que não é o que vocês conversaram com a prefeitura. Ele falou tudo ok, é isso mesmo. Então, a Câmara fez seu papel. Chegou o projeto e votamos em seguida”, disse.

O presidente da ACP acompanhou a votação em Plenário nesta quinta-feira. O presidente da ACP destacou que a categoria vê essa proposta como uma reabertura de diálogo, diante do impasse em 2022 e falou da importância de manter o diálogo. “Conseguimos chegar a esse entendimento de forma que a prefeita (Adriane Lopes) cumpra os 10,39% e mantenha a comissão mista, formada pela Câmara de Vereadores, ACP e secretários do Executivo”. A meta, conforme Gilvano Bronzoni, é buscar o cumprimento da lei do piso de 2023 e 2024, além da incorporação desses 10,39% na carreira do professor.

Comissão – Conforme a proposta, será ainda instituída uma comissão, composta por representantes da prefeitura, da Câmara Municipal e da ACP para discutir as demandas e assuntos relacionados à carreira dos profissionais.

O vereador Prof. Juari, presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto da Câmara, ressaltou que a comissão, formada por vereadores, prefeitura e ACP vai manter reuniões. Um dos temas que deve continuar sendo acompanhado é a incorporação da verba indenizatória aprovada. “Por essa insegurança, vamos pautar a previsão de incorporar ao salário. Mas para isso, a prefeitura tem que diminuir o gasto com pessoal”, afirmou, referindo-se ao limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que acabou impedindo a aprovação como reajuste.

No fim do ano passado, os professores chegaram a realizar manifestações e greve de uma semana para reivindicar o pagamento do piso salarial, com o reajuste estabelecido em lei. À época, a prefeitura não conseguiu conceder o pagamento, justificando que iria descumprir a legislação porque o gasto com pessoal tinha extrapolado o limite.