Abertura de empresas no MS foi alavancada por digitalização de serviços

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A divulgação nesta semana pela Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) de aumento no volume de empresas abertas no Estado durante o ano passado revela o otimismo do setor produtivo local e a estabilidade de economia sul-mato-grossense, uma das que menos sofreu na crise causada pela covid-19 e que agora melhor se recupera.

O salto de 9,2 mil novas firmas em 2021 para 9,6 mil registradas em 2022 (alta de 3,55%) é explicado em parte pelo bom ambiente que vem sendo criado para negócios em Mato Grosso do Sul, a partir de ações como digitalização dos serviços públicos.

Dados da Junta Comercial indicam que, das 9.602 empresas constituídas durante o ano passado, 61,85% (5.939) receberam o registro automático pela plataforma digital, o que demonstra a eficiência do programa voltado para agilizar os processos.

Vinculada à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a Jucems tem vários procedimentos que podem ser feitos pela internet, facilitando o cumprimento da demanda para os empresários.

Augusto Castro é quem chefia a Jucems de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Arquivo)

“Após a implantação dos serviços 100% digitais em 2019, a Jucems teve, de forma sequencial e crescente, os melhores desempenhos anuais na abertura de empresas. Mesmo em 2020 com a pandemia, quando saltamos de 7.019 empresas abertas em 2019 para 7.903 naquele ano”, explica o diretor presidente da Junta, Augusto Castro.

Entre os exemplo da modernização dos serviços, está o registro automático de empresas mercantis. Ele possibilita ao usuário, utilizando os modelos padrões disponíveis no sistema e após o preenchimento da documentação, como assinatura digital e demais procedimentos automáticos, a imediata emissão do CNPJ da empresa.

Tudo ficou mais fácil

As facilidades conferidas pela tecnologia refletiram também nos processos de fechamento de empresas, fazendo com que esse número também tenha sido recorde no ano passado: 4.601. Desse total, 2.380 (51,73%%) eram do setor de Serviços, 1.963 (42,66%) do setor de Comércio e 258 (5,61%) do setor da Industria.

Esse procedimento também foi agilizado na plataforma digital e acontece de forma automática. Augusto Castro conta que a Jucems identificou na isenção da taxa de serviços para fechamento de empresa um fator importante que incentivou os empresários a regularizarem a situação de firmas que estavam inativas.

“Havia um número considerável de empresas sem movimentação há anos, e com essa isenção os empresários aproveitaram a oportunidade de regularizar a situação cadastral, o que resultou em elevação significativa das extinções”, conclui.

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