PMA visita 492 áreas rurais em 2022 durante ações contra incêndios florestais em MS

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Ações das autoridades sul-mato-grossenses em 2022 conseguiram impedir que a situação provocada pelos incêndios florestais em 2021 se repetisse, reduzindo drasticamente os focos nas áreas rurais de Mato Grosso do Sul. Parte desse trabalho foi feito pela Polícia Militar Ambiental.

Somente no trabalho de prevenção a incêndios, foram 492 propriedades visitadas, com 73 autuados na área rural e cinco na área urbana. Ao todo, as multas aplicadas somam R$ 2,9 milhões, a maioria em áreas rurais – na urbana o valor foi de R$ 6,7 mil.

Todo esse trabalho faz parte das ações da Operação Prolepse, que percorreu 25,5 mil quilômetros durante todo o ano, colaborando na queda de 83% de áreas afetadas na região do Cerrado e de 62% de áreas afetadas no Pantanal.

Reflexo disso também foi sentido no total de multas aplicadas especificamente por incêndios ambientais. Se em 2021 o valor chegou a R$ 34,1 milhões, em 2022 essa quantia ficou na casa dos R$ 2,9 milhões. “Em 2021 somente um infrator foi multado em R$ 20 milhões, devido a uma grande área atingida e do tipo de vegetação incendiada”, explica o chefe da comunicação da PMA, o tenente-coronel Ednilson Queiroz.

“Também ocorreram várias autuações em grandes áreas agropastoris, ocorrências reduzidas em 2022”, completa, frisando que apesar da redução, os números ainda são preocupantes para a PMA. A corporação acredita que esses casos vão cair ao longo do tempo devido a prevenção realizada, tanto pela PMA como por outros órgãos.

O Governo de Mato Grosso do Sul se mobilizou para prevenir os incêndios em 2022, incluindo desde estudos específicos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) para prever os períodos de maior probabilidade de surgimento de mais focos, até o investimento em equipamentos e recursos humanos necessários.

Com uso até de aviões, foi possível que as equipes do Corpo de Bombeiros e demais instituições envolvidas no trabalho florestal combatessem as chamas, evitando o alastramento delas. Houve também um ações de conscientização.

Em cada propriedade em que as pessoas foram orientadas, elas recebem um folheto com informações preventivas aos incêndios, além de preencherem um questionário onde fortalecem o compromisso em prevenir e não fazer uso do fogo.

A PMA alerta que provocar incêndio em mata ou floresta pode gerar prisão em flagrante. A pessoa poderá sair sob fiança para responder ao processo em liberdade, mas fica sujeita a condenação posterior, com pena que vai de dois a quatro anos de reclusão.

Além disso, a pessoa poderá ser autuada administrativamente e multada em R$ 1 mil por hectare, fração em área agropastoril ou vegetação não protegida por Lei, e R$ 7 mil por hectare Caso se trate de uma vegetação legalmente protegida.