Escola agrícola da REME terá expansão da área para aulas práticas

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As aulas práticas no campo para os alunos da Escola Municipal Agrícola Barão do Rio Branco, no distrito de Rochedinho, serão incrementadas a partir do próximo ano letivo. A unidade terá mais 10 hectares para que os estudantes desenvolvam atividades ligadas às práticas agrícolas como plantio e cuidado com os animais. A entrega simbólica da área foi realizada hoje (21), com a assinatura do termo de cedência. A ação aconteceu durante a reunião de pais e gera expectativa na comunidade escolar.

A prefeita de Campo Grande Adriane Lopes destacou que a extensão da área da unidade escolar vai valorizar e priorizar a educação no Distrito. “Estamos ampliando as ações na Escola Barão do Rio Branco. Serão 10 hectares cedidos por dois ex-alunos, para que as crianças possam desenvolver as práticas agrícolas e multiplicar a experiência do agronegócio  que a escola ensina para os jovens”.

A comerciante Juliana Araújo tem dois filhos na escola e avalia que a área será bem aproveitada pelos alunos. “É muito gratificante ver a evolução das crianças, o empenho dos professores e o cuidado da direção. Realmente é uma escola diferenciada e a gente percebe isso. As pessoas vêm até Rochedinho para comprar o famoso queijo e com a área, com certeza vai ter mais produção de leite e mais queijo para comercialização”, afirmou.

Os alunos também já aguardam pelas primeiras aulas na nova área. É o caso da Emily Vitória Rodrigues, 7 anos, que já ajuda a cuidar da horta na escola.

O produtor rural Luiz Carlos Cobalchini acredita que as aulas práticas no campo vão ajudar na melhoria do ensino. “A escola já é excelente e a interação dos alunos com a prática existe. Mas com certeza vai contribuir muito para a vivência deles com o cuidado dos animais, das plantas. É um ganho enorme”. Ele e a esposa, Elissandra Canesin Garcia, relatam que os dois filhos do casal – de 7 e 9 anos – começaram a estudar na unidade em 2022. “Eles amam a escola, e esse discernimento em praticar é muito importante”, comentou Elissandra.

A cessão de uso da área será por cinco anos, com intenção de arrendamento por mais cinco anos. A escola irá promover benfeitorias como a construção de galpão de suínos, mangueiro, barracão para leiteria e ordenha, e outro barracão para armazenamento de insumos – com banheiro e depósito. “É um avanço muito grande para toda a comunidade escolar. Será mais um espaço pedagógico, onde os alunos poderão aplicar o conhecimento teórico e valorizar a cultura campesina, presente no dia a dia dos educandos”, afirmou o diretor da escola, Francisley Galdino da Silva.

Orientação Técnica

Os alunos e funcionários já produzem queijo, doces e geleias, além de verduras que são comercializadas e doadas na região. Na área zootécnica, a escola tem criação de abelhas sem ferrão, frangos de corte e de postura. E para que tudo seja feito com os melhores procedimentos agrícolas, a unidade escolar tem o apoio técnico da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro).

Atualmente, a Sidagro orienta sobre os melhores processos nas hortas – orgânica e sintrópica – e orientação técnica na construção da cozinha experimental, em relação aos procedimentos corretos para obter o Selo SIM (Selo de Inspeção Municipal). Com isso, os alunos-produtores poderão comercializar os produtos dentro dos estabelecimentos de Campo Grande ampliando o mercado de vendas, já que o SIM é obrigatório para todos os produtos de origem animal. O selo atesta que os produtos são apropriados ao consumo e não apresentam risco à saúde humana.

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