Sesc MS lança a Casa da Memória Lídia Baís

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No dia 21 de novembro, às 19h, o Sesc Morada dos Baís abre suas portas para a Casa da Memória Lídia Baís, entregando à Campo Grande nova ambientação dos espaços do primeiro casarão da cidade, envolvendo em único lugar, informações da família de Bernardo Baís, obras da artista Lídia Baís, principais eventos da capital no século 20 e referências dos pontos turísticos do município.

O projeto envolve móveis do antigo casarão, time line de notícias relevantes referente à família e a Casa, pontos turísticos de Campo Grande mostrado em touch screen, instrumentos, indumentárias e discos de Lídia Baís.

O projeto disporá de recursos tecnológicos, catálogos virtuais e demais instrumentos para permitir o intercâmbio de informações e pesquisas que alimentem o desenvolvimento do patrimônio e dos bens culturais e simbólicos da nossa cidade.

“Procuramos aplicar uma metodologia que permita estar abertos para novas fontes de dados e atualizações. Por isso, trazemos um acervo de cerca de 102 fotografias e desenhos, três obras fixas e 20 quadros, além dos instrumentos musicais, objetos e documentos pessoais, originais de escritas, como seu livro autobiográfico, escrito na terceira pessoa, e assinado como Maria Tereza Trindade”, explicou a diretora regional do Sesc, Regina Ferro.

Em 2018, a Morada dos Baís completa 100 anos e como reconhecimento da significação histórica, patrimonial e cultural, o Sesc reverencia a primeira construção de dois andares de alvenaria da cidade, construído entre os anos de 1913 e 1918.

Casa da Memória Lídia Baís – A artista estava além do seu tempo. Pintora, compositora e escritora, nasceu em 1900 e teve a vida cheia de mistérios e contos. Com o espaço, novas peças, então desconhecidas pelo público, começam a surgir por meio de fragmentos vindos da Europa ou discos com composições feitas por uma jovem cheia de sonhos.

Os materiais foram adquiridos pelo Sesc, por meio de peças que antes pertenciam à família. Ao todo, cem peças foram incluídas no acervo, entre elas uma cristaleira da década de 30 ou 40, além de utensílios de cozinha, objetos pessoais da artista, que representam pequenos detalhes, como a vida religiosa, cartões postais, moedas da época, talões de cheque e manuscritos.

Lídia era a sétima filha de um total de nove herdeiros de Bernardo Baís. Como a educação era prioridade para a família, a jovem chegou a estudar em vários internatos fora do País, como em Assunção, no Paraguai e na Europa. Por fim, passou uma temporada no Rio de Janeiro. Apaixonada pelo movimento modernista, ela se aproximou muito do estilo consagrado na época pelos intelectuais brasileiros.

Com o sonho de entrar para a história, Lídia desejava a todo custo construir um museu, fato que a fez pedir ajuda ao prefeito de São Paulo da época para possibilitar o sonho. Com tanta história, a Casa de Memória Lídia Baís pretende aproximar o público à arte.
Serviço – O Sesc Morada dos Baís fica na Avenida Noroeste, 5140.

 

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