A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem (23) a primeira terapia gênica para o tratamento do câncer. Esta será a primeira terapia do gênero, conhecida como CAR-T, disponível para amplo uso no Brasil. O método é personalizado e associa a imunoterapia à engenharia.
A terapia celular, chamada comercialmente de Kymriah (tisagenlecleucel), foi desenvolvida pela farmacêutica suíça Novartis. Sua indicação é para crianças e adultos de até 25 anos com leucemia linfoblástica aguda que não melhoraram com nenhum outro tratamento. O tratamento está igualmente indicado para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes Células B que não melhoraram após duas ou mais linhas de terapia sistêmica.
Neste método as células do paciente são coletadas para serem alteradas com a inclusão de um novo gene. Este gene contém uma proteína que direciona as chamadas células T para atuar contra as células tumorais. Após a modificação, as células são incorporadas no produto que será aplicado no paciente.
Na avaliação da Anvisa, essa é uma forma de terapia pioneira. A equipe técnica da Agência avaliou que o produto cumpre os requisitos mínimos de segurança e eficácia.