Sua alimentação durante a pandemia precisa ser natural e variada

652

Uma boa nutrição é essencial para a manutenção da saúde e a preservação de muitas doenças. É o que aponta a servidora pública estadual, Marcia Lamberti, nutricionista da Coordenadoria Regional de Educação de Nova Andradina. De acordo com a profissional, em tempos de pandemia os cuidados com a alimentação devem ser redobrados, em especial por conta do aumento expressivo dos pedidos de comida via delivery.

“Os cuidados não mudaram, a rotina de higienização sempre existiu. O que acontece é a falta de orientação em relação às escolhas. E escolher uma alimentação que fortaleça o organismo e evite certos tipos de doença é primordial neste momento que estamos atravessando”, destaca.

Para a nutricionista, alimentos in natura como frutas, legumes, verduras, grãos e oleaginosos, além de tubérculos e raízes, são sempre as melhores opções para manter o bom funcionamento do organismo. “O consumo desenfreado de alimentos processados pode contribuir, inclusive para piora de doenças”, avalia, ao apontar que doenças como obesidade, a hipertensão e diabetes, estão na lista de comorbidades que preocupam, diante do cenário exponencial de infeção e mortes por Covid-19.

“Precisamos repensar nossa falta de tempo, refletir sobre a organização do nosso dia a dia”, alerta a nutricionista sobre a importância que os alimentos exercem na rotina de alimentação diária. “Também não podemos esquecer da hidratação, que exerce um papel importante no corpo”, frisa, recomendando a ingestão diária de no mínimo 25ml de água por quilo de peso.

As recomendações aqui compartilhadas pela nutricionista também fazem parte de sua rotina na Coordenadoria Regional de Educação, localizada em Nova Andradina. Responsável pelo planejamento da alimentação escolar nos municípios daquela região, Márcia ressalta que, junto com a direção das escolas, promove capacitações com as merendeiras das escolas, o inclui a abordagem de temas como higiene, manipulação e recebimento dos alimentos.

A rotina inclui ainda, a construção de cardápios que atendam toda a rede escolar da região, além do acompanhamento das compras, feitas pelos gestores das unidades, e até mesmo o dia a dia junto aos técnicos que atuam nas escolas.

“A redução do uso dos industrializados é um dos trabalhos que temos liderado. Um exemplo é o achocolatado, que substituímos pelo café em razão do açúcar, que não temos como controlar por que já está incluso em seu preparo e também por ser um produto in natura”, esclarece, destacando ainda que itens como linguiça e biscoitos também estão sendo substituídos.

Outro ponto destacado pela profissional é a elaboração de cardápios para as crianças com doenças celíacas, diabetes ou ainda que tenham uma alimentação vegana. “Nas escolas estaduais este é um trabalho recorrente, estamos sempre preparando novos cardápios e receitas para atender este público”, conclui.