Levantamento mostra que 17% das mortes por covid em MS eram de pacientes sem comorbidade

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Das 5.937 mortes em decorrência da covid-19 em Mato Grosso do Sul, 17,4% dos pacientes (1.035) não tinham nenhuma comorbidade. É o que mostra os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), em boletim divulgado na quinta-feira (06). O levantamento define o perfil dos óbitos em função da doença no Estado.

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Das mortes, os pacientes com uma comorbidade representam 32,3% (1.918), seguido por aqueles que relataram duas (comorbidades) com 28,8%, tendo já na sequência as pessoas que relataram não ter nenhuma doença, mas acabaram vítimas fatais do vírus, sendo inclusive um dos alertas das autoridades sobre a necessidade de adotar as medidas de prevenção.

Depois neste cenário aparecem as mortes com três comorbidades (15,5%), aqueles que apresentavam quatro doenças (5,1%), pacientes com cinco (0,8%) e até seis comorbidades (0,1%).

Já em relação ao perfil das mortes por comorbidade, as doenças cardiovasculares continuam sendo as mais preponderantes, com 45,3% (2.887) dos casos, seguida por diabetes (34,2%) e hipertensão arterial sistêmica (31%).

Em sequência aparece a obesidade (16,6%), doenças respiratórias crônicas (11,1%), renais crônicos (8%), imunodeficiência/imunodepressão (7,1%), tendo em sequência doença neurológica crônica (6,6%), doença hepática crônica (1,4%) e síndrome de down (0,2%).

Óbitos

As mortes por covid no Estado tiveram números recordes em abril, com 1.376 óbitos, superando março que até então era o mês com mais casos fatais (1.082). Neste começo de maio já foram registradas 117 mortes, sendo 40 apenas nas últimas 24 horas.

Os óbitos em função da covid começaram em março de 2020 com uma ocorrência, depois subiu em abril, com 8 casos, e continuou nesta ascensão ao longo do ano, com 11 em maio, 71 em junho e 321 (mortes) em julho. Já em agosto foram 489 (óbitos), caindo em setembro para 430. Já em outubro registrou 283 (mortes) e novembro chegou a 181, mas voltou a subir em dezembro (589).

Neste ano, em janeiro, foram 569 mortes no mês, caindo para 409 em fevereiro. Entretanto com a chegada das novas variantes do vírus ao Estado os números tiveram um crescimento exponencial, com 1.082 mortes em março, já que a doença se tornou mais contagiosa, com quadros mais graves.

Medidas

Além dos investimentos em hospitais, equipamentos e abertura de novos leitos, o governo do Estado tomou várias medidas para conter e combater a proliferação do vírus. Para isto foram realizadas campanhas de prevenção e decretos com restrições, seguindo as avaliações do programa Prosseguir.

Em outra frente, o governo estadual foi destaque nacional na distribuição célere das doses de vacinas assim chegavam ao Estado, com envio dos imunizantes aos 79 municípios em menos de 24 horas, para que cada prefeitura já iniciasse a vacinação.

Este trabalho ágil e efetivo levou Mato Grosso do Sul por semanas a liderar a vacinação no País, levando em conta o percentual da população vacinada. Atualmente o Estado já imunizou 20,42% da população com a primeira dose, estando na segunda posição no ranking nacional.

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