Hospital de Câncer da Capital ativa oncologia pediátrica no 1.º semestre

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O Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão (HCAA) vai ativar o setor de oncologia pediátrica ainda no primeiro semestre deste ano. O anúncio foi feito pelo presidente da instituição, Amilcar Silva Júnior, em recente encontro no gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com o secretário estadual Geraldo Resende.

A implantação da oncologia pediátrica no Hospital do Câncer Alfredo Abrão faz parte de um projeto mais amplo que vai transformar a instituição em referência oncológica para os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. “O Estado vem dando todo o apoio, tendo investido mais de R$ 20 milhões para que isso se torne realidade o mais rápido possível”, salienta o secretário Geraldo Resende.

Paralelamente, outra conquista é a implantação do primeiro serviço de transplantes de medula óssea no Estado, um passo importante no tratamento de várias doenças da área oncológica. A hematologia oncológica, recentemente implantada, tem o mesmo objetivo e já possui dois profissionais especializadas que estão com as agendas abertas e os atendimentos em andamento.

“O transplante de medula óssea será ativado paralelamente à pediatria oncológica, mediante a plena instalação da infraestrutura necessária, com os devidos recursos tecnológicos e humanos, e as tratativas de pactuação/convênios de recursos financeiros e humanos adequados para seu pleno funcionamento, com previsão para julho deste ano”, explicou Amilcar Silva Júnior.

Estrutura

O Governo do Estado investiu cerca de R$ 15 milhões no término das obras do prédio do Hospital do Câncer de Campo Grande. Atualmente, dois andares (subsolo e térreo) estão em funcionamento na Unidade 3, Nelson Buainain. No primeiro, funciona o Setor de Imagens (Tomografia, Raio X, Mamografias, Ultrassom), Radiologia Intervencionista, Farmácia de apoio, e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), descanso médico, e demais dependências de apoio.

No térreo, são prestados serviços de ambulatório médico, com 16 consultórios, nos quais atuam os profissionais médicos e a equipe multiprofissional, com uma média de 1.500 consultas ambulatoriais/mês em atenção especializada.

A oncologia pediátrica está prevista para funcionar no sexto e sétimo andares. As obras estão em pleno andamento, com previsão de conclusão em abril. A torre tem área total de 12.279,18 m², cuja conclusão permitirá a ampliação necessária para suportar o crescimento dos atendimentos oncológicos.

De acordo com o presidente Almicar Silva Júnior, o apoio financeiro do Governo do Estado tem sido essencial para o funcionamento e conclusão das obras do hospital. “Essa parceria vai nos permitir sairmos de uma capacidade de 50 para 200 leitos, e com isso nos tornarmos referência estadual em oncologia”, salienta.

Além do aporte de mais de R$ 15 milhões para a obra física, os R$ 6 milhões repassados recentemente possibilita a compra de aparelhos de ar-condicionado, necessários à ativação de novos serviços. São equipamentos que possuem filtros de HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) – o mesmo sistema utilizado atualmente em aeronaves.

O aparelho filtra duas vezes o ar que entra e sai, ampliando a segurança e a pureza do ar. “Isto vai permitir a realização de transplantes de medula”, pontua o presidente. Os equipamentos estão em pleno processo de aquisição e consequente instalação, não somente para a oncologia pediátrica, mas para todo o prédio novo.