A regularidade do fornecimento de gás GLP e prática de preços por parte das revendedoras, foi tema de reunião on-line nesta quarta-feira (22) entre a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o Ministério de Minas e Energia.
Devido ao isolamento social adotado como medida de prevenção ao coronavírus, o consumo doméstico do GLP cresceu mais de 10%, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o consumo comercial caiu 27%. Porém, o consumo de gasolina no país caiu quase 50% neste período e as refinarias estão diminuindo a produção também do GLP.
Com o cenário de queda de produção e aumento de demanda o Governo Feral, com apoio dos estados, decidiu importar GLP para suprir a necessidade do país. “Para se ter ideia estamos falando de importar praticamente metade do consumo interno, em torno de 300 mil toneladas de GLP. A Bolívia é um potencial fornecedor a partir de maio, pois por questões internas não está fazendo exportações até 30 de abril”, comentou o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.
Para evitar a prática abusiva de preços, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) intensificou o monitoramento da cadeia de fornecimento e de distribuição de gás de cozinha e está publicando mapas que apresentam um panorama do abastecimento do produto no país.
Até 14 de abril o consumo de gás GLP em Mato Grosso do Sul era 20% maior que no mesmo período do ano passado, segundo a ANP. Na esfera estadual o Procon está recebendo as reclamações dos consumidores e verificando se há abuso no preço de comercialização do produto.
“A Semagro tem atuado no acompanhamento das ações de produção, importação e comercialização. Estamos articulando para que não falte o produto, e é importante destacar que as pessoas não precisam fazer estoques, pois tudo está sendo normalizado”, afirma o titular da Semagro.