Com foco na democratização de projetos e na ampliação da atuação no interior do Estado, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul iniciou em 2019 uma nova gestão, validando o diálogo com artistas, produtores e a população sobre os rumos das políticas públicas para o setor.
As principais metas – pagamento de cachês em aberto, reforma de equipamentos públicos e abertura de editais – foram definidas em fevereiro em encontros abertos com representantes de fóruns e colegiados de diferentes setores, como dança, música, teatro, artesanato e cinema.
Os editais ajudaram a fazer dos Festivais América do Sul Pantanal e de Bonito sucesso de público e crítica. Ao todo os eventos contaram com público superior a 100 mil pessoas, que tiveram a possibilidade de acompanhar espetáculos de todas as artes, as cores e formas do artesanato e programações voltadas ao nosso patrimônio histórico e cultural.
Arraial da Concha movimentou o Parque das Nações Indígenas
O Arraial da Concha Acústica, que levou entre julho e agosto 25 mil pessoas a um espaço revitalizado de nossa Capital foi um marco para o setor. Aproximou o público de artistas sul-mato-grossenses que fazem sucesso em nossos palcos e que já possuem projeção nacional. O evento também quitou cachês em aberto, fazendo com que a Fundação de Cultura cumprisse seu acordo com produtores do setor.
Esse diálogo franco, aliado a projetos eficientes também fomentaram a geração de renda que as formas plurais de nosso artesanato podem oferecer a centenas de famílias. Oficinas e apoio na participação em feiras nacionais geraram frutos: nosso Estado entre os mais produtivos no cenário brasileiro.
O estande da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul no 13º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, que aconteceu de 9 a 13 de outubro de 2019 em São Paulo, rendeu R$ 176.903,00 aos artistas e entidades participantes. A soma representa crescimento de 34% nas vendas se comparadas à edição anterior. E ainda ajudaram a colocar o Estado na quinta colocação entre as 23 unidades federativas participantes no valor bruto arrecadado.
As diferentes expressões das artes visuais ganharam no Museu de Arte Contemporânea mais espaço. Em cinco grandes exposições totalmente abertas ao público, artistas premiados e jovens talentos expuseram suas obras em um local icônico, beneficiados pelos editais públicos abertos nos últimos meses. Processos abertos e democráticos que se refletem em mostras intensas com os mais diferentes impulsos, influências e aspirações.
O diálogo e a parceria com o colegiado de Cinema também renderam frutos: semanalmente mostras de cinema gratuitas no Museu da Imagem e do Som (MIS) exibiram longas, curtas e documentários sempre com entrada franca. As exibições tornaram o espaço referência para filmes que retratam as lutas e transformações de nossa sociedade e da produção sul-mato-grossense.
Mara Caseiro, presidente da Fundação de Cultura do MS: gestão democrática na definição das ações da área da cultura (Foto: Chico Ribeiro)
“Não é fácil assumir uma administração com passivos, mas construímos um cronograma e executamos nossas ações ouvindo sugestões e debatendo propostas com todos os envolvidos nas políticas culturais: artistas, produtores e principalmente a população, que é quem se beneficia da abrangente atuação da Fundação de Cultura”, avalia a diretora-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro.