A Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) inaugurou na última sexta-feira (26.7) sua nova sede, que teve investimento de mais de R$ 18 milhões e foi construída com recursos obtidos através do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
Com as presenças da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do secretário de Estado da Jaime Verruck, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio, os prefeitos João Carlos Krug, de Chapadão do Sul, e Waldeli dos Santos Rosa, de Costa Rica, o chefe Geral da Embrapa, Guilherme Asmus, o presidente da Famasul, Mauricio Saito, o diretor-presidente da Copasul, Gervásio Kamitani, e o diretor da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, além de diversas outras lideranças e autoridades do setor produtivo, o presidente da Ampasul, Walter Schlatter, realizou o ‘Tour da Colheita do Algodão na Fazenda Minuano’, do Grupo Schlatter, e na Fazenda Pantanal, do Grupo SLC.
A presença das autoridades e mais de quatrocentos convidados marcaram um momento considerado histórico para o setor, que foi aberto com um desfile de modas com produtos 100% algodão. O evento promocional faz parte do movimento ‘Sou Algodão’ e levou a passarela modelos vestindo peças produzidas com algodão do cerrado.
A inauguração da nova sede da Associação com mais de 4 mil m2 trouxe para o Estado um dos cinco melhores laboratórios de classificação de fibras do algodão do Brasil, considerando a estrutura e tecnologia, amplo espaço administrativo e um centro de eventos multifuncional para mais de mil pessoas.
Além das homenagens feitas aos ex-presidentes da entidade, teve destaque a menção de Adão Hoffmann, diretor-executivo da Ampasul, que exerceu papel fundamental no acompanhamento das obras, que duraram quatro anos.
Bastante satisfeito, Walter Schlatter falou do aumento de 25% da área plantada, destacando a produtividade da safra atual que deve ultrapassar as 300 arrobas por hectare no Estado, e que deve fazer com que o setor chegue a colher 71 mil toneladas de algodão. Ele falou ainda das expectativas de crescimento da produção para a próxima safra, quando a entidade comemora 20 anos de existência.
Quinto maior produtor em volume, e primeiro em produtividade e qualidade do fio, Mato Grosso do Sul desponta, segundo Schlatter, por seu clima e solo favoráveis, mas, acima de tudo, pela pujança e dedicação dos produtores que estão sempre atentos às novas tecnologias e a inovação que o mercado oferece.
Para o secretário Jaime Verruck, um dos pontos fundamentais dentro da política agrícola estadual foi a manutenção feita através do programa de desenvolvimento do PDAGRO do algodão. “Hoje é um programa que nós entendemos que é fundamental para ajudar na competitividade da produção do algodão no Mato grosso do Sul e manter essa competitividade”.Secretário Jaime (Semagro)
Jaime explicou ainda que, quando um governo abre mão de parte da sua arrecadação o faz visando duas questões fundamentais: que este recurso seja usado para aumento da produtividade e aumento da área. “Eu quero cumprimentá-los por terem cumprido com este papel. A política pública que oferecemos permitiu a redução tributária e vocês deram a resposta que a sociedade espera e precisa”, completou.
Jaime falou ainda do trabalho que está sendo realizado pelo Governo do Estado, conduzido pelo Superintendente da Semagro, Rogerio Beretta, sobre o Parque Estadual das nascentes do Taquari. “Nós tínhamos uma série de restrições sob o ponto de vista da área de amortecimento. Revimos todo nosso plano de manejo, e na próxima semana estaremos publicando esse plano revisado, alterando a área de amortecimento, retirando por uma questão técnica, avaliada inclusive pela Universidade Federal, com apoio da Ampasul, retirando algumas restrições”, afirmou.
Sobre logística, o secretário falou sobre a importante contribuição da ministra Tereza Cristina, ainda enquanto deputada federal, para que fosse possível a abertura do terminal ferroviário de Chapadão do Sul. “Foi um trabalho intenso, até que conseguimos com a empresa Rumo, que ela fizesse o investimento e abrisse esse terminal. Temos certeza que agora outros investimentos virão para ampliação da logística”, afirmou Verruck, lembrando ainda que no próximo mês acontece o lançamento na Bolsa, para Concessão da rodovia MS-306.
Falando sobre as ações estruturantes colocadas em prática pelo Governo, visando o crescimento do Estado, Jaime fez questão de deixar a ministra uma mensagem sobre a confiança que o Governo do Estado deposita no presidente Jair Bolsonaro e no seu mandato, pedindo que ela continue confiando nos produtores e no Estado. “ Vamos continuar te apoiando por que vencemos algumas batalhas até aqui, mas ainda temos muitas outras a serem vencidas até colocarmos o ‘Agro’ no lugar onde ele merece”, finalizou.
A ministra Tereza Cristina, por sua vez, elogiou a organização do setor, que segundo ela tem visão de futuro e estratégias muito bem definidas. “A agricultura brasileira na grande maioria tem seus setores muito bem organizados, e é quem vem carregando o Brasil nos últimos tempos. Gostaríamos que todos os setores estivessem bem, principalmente a indústria, que deu passos para trás nos últimos tempos”, lamentou.
Sobre os desafios, disse ter esperança nos bons brasileiros, que acreditam nas mudanças por que passa o País. “Queremos que outros segmentos trabalhem como trabalha o agro. Temos muitos problemas para resolver, mas temos boas cabeças e grande vontade”.
A ministra falou ainda sobre a necessidade de mudar a imagem que se tem sobre o setor produtivo. “O que me deixa triste é que o povo brasileiro em geral não conhece a força do agro, a determinação e a pujança desse setor, das pessoas que acordam cedo, doze meses por ano, todos os dias trabalhando para colocar comida não só no prato dos 210 milhões de brasileiros mas colocando hoje comida no prato de mais de um bilhão e meio de pessoas em todo o mundo, isso graças a muitos de vocês que estão aqui. Além disso somos uma grande potência ambiental e não somos reconhecidos como tal. Precisamos todos os dias exercitar essa informação”, pediu ela, lembrando que no Mato Grosso do Sul as pastas que cuidam da sustentabilidade e da produção estão agregadas sob o comando do secretário Jaime Verruck e trabalham em harmonia.
“E eu disse outro dia, não existe sustentabilidade se não houver produção. Com miséria ninguém sustenta nada, e é isso que o produtor faz de ponta a ponta nesse País. Sou fã do setor do algodão, conheço os tombos e vitórias. Sair de grande importador e passar para grande exportador em tão pouco tempo não é uma proeza fácil de conseguir, e vocês conseguiram com união e trabalhando, apostando na pesquisa, na tecnologia, visitando todos os mercados internacionais interessados”. A ministra que disse ainda ter ouvido do Primeiro Ministro do Vietnã, sobre seu interesse de levar os empreendedores daqui para montar fiações e vender o algodão já trabalhado para a o consumidor da Ásia.
A ministra finalizou dizendo da honra e responsabilidade quando o presidente Jair Bolsonaro a convidou para o cargo. “Uma mulher pequenininha, deputada federal… Teve gente que falou que eu não ia dar conta, de um Ministério tão grande assim. Agradeço a forca de todos. Ainda me espanta e me emociona quando as pessoas afirmam que estão rezando por mim. Continuem rezando por mim, por esse Brasil, pelo presidente Jair Bolsonaro. Depois que fecharmos as grandes reformas, junto com o nosso Congresso Nacional, será um novo Brasil, o Brasil da esperança, o Brasil que queremos deixar para filhos e netos, melhor, mais justo e que acredita nessa gente tão trabalhadora”.
Douglas Broeto, SLC
Na oportunidade, Douglas Broeto, gerente da SLC, empresa que produz algodão desde 1997 e atualmente planta mais de 20 mil hectares de algodão no Estado, reforçou as expectativas de crescimento para a próxima safra, e destacou o papel do Governo do Estado, classificando-o como fundamental para o desenvolvimento do setor. “Os aperfeiçoamentos das políticas públicas colaboram consideravelmente para a expansão do setor. A SLC tem a forca que tem, planta a área que planta e contribui com o Estado, por que da mesma forma o Estado tem contribuído com políticas públicas que levam ao êxito a cultura do algodão”, afirmou.
Ao final da solenidade os convidados receberam de presente da Ampasul, um exemplar do Anuário do Algodão 019, e uma Bíblia Sagrada personalizada do Projeto Missionário ‘Com Cristo no Cerrado’, entidade presidida pelo patriarca da família Schlatter, Alberto Schllater.
Fundador e 1º presidente da Ampasul, Alberto destacou a força de trabalho dos produtores rurais que abraçaram as novas tecnologias e transformaram o Centro-Oeste do Brasil em um grande celeiro. Ele ainda destacou a sua satisfação em ver que o País está sendo governado por um presidente cristão, temente a Deus.
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