Imasul retira e monitora peixes que habitavam lago do Parque das Nações Indígenas

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Técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) trabalham desde a quinta-feira (20.6) na retirada e monitoramento dos peixes que habitavam o lago principal do Parque das Nações Indígenas. As obras para desassorear o lago obrigaram que os peixes fossem retirados com o uso de redes e peneiras e depositados no lago menor, pouco abaixo do lago principal.

“São milhares, diria que pelo menos 10 mil peixes, claro que a grande maioria de pequeno porte. Estão sendo monitorados para que não falte oxigênio nem alimento”, afirmou o gerente de Recursos Pesqueiros do Imasul, Vander Fabrício de Jesus. O Imasul é o órgão ambiental do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

Os técnicos identificaram 13 espécies de peixes, sendo algumas consideradas invasoras, como tilápia, carpa e pacu. “Essa é uma região de nascente, não é normal ocorrer espécies como o pacu, que embora seja nativo de nossa bacia, é um peixe de rio. Com certeza esses exemplares foram soltos aqui no lago”, disse Vander. Também foram retirados cágados, réptil da mesma família das tartarugas e que são comuns em lagos.

Todos os animais aquáticos retirados do lago maior aguardam, no lago menor, o fim das obras de desassoreamento para serem devolvidos ao antigo habitat. “Estamos monitorando diariamente, são cinco servidores do Imasul, além dos funcionários administrativos do Parque, envolvidos nessa tarefa. Já estamos prontos para entrar com oxigenação da água se for preciso, ou mesmo alimentar os peixes temporariamente com ração. Além disso, temos um caminhão pipa pronto para ser acionado e jogar água se o nível do lago começar a baixar muito”.

Lixo

 Vander observou que a população tem sido exigente com relação ao tratamento que precisa ser dado aos animais do Parque como um todo, incluindo os peixes, o que considera extremamente positivo porque poderia revelar o nível de consciência ambiental do campo-grandense. Uma verdade lamentável que a lama do lago encobria, no entanto, pode derrubar essa afirmativa.

“Há uma enorme quantidade de lixo no lago, desde pneus, muito plástico, garrafas. Encontramos até um aparelho celular. Acredito que seja o momento ideal para o campo-grandense refazer sua relação com a natureza e passar a ter uma postura de mais respeito com o nosso parque”, sugeriu.

Obras

O desassoreamento dos lagos faz parte das seis ações realizadas pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, para a revitalização do Parque das Nações indígenas, frequentado diariamente por cerca de duas mil pessoas. As obras de desassoreamento tiveram início em 11 de junho pelo lago menor; a previsão é de retirar 140 mil metros cúbicos de sedimentos dos dois lagos, para tanto estão sendo utilizadas escavadeiras e o transporte é feito por uma frota de caminhões basculantes.

O Governo do Estado repassou R$ 1,5 milhão à Prefeitura para custear esse serviço, recursos do Imasul oriundos de compensação ambiental. Os serviços têm previsão de até 120 dias para serem concluídos. Finda a limpeza, será implantada uma comporta de regulação do nível do lago. Além dessa obra, será construído um piscinão no Córrego Reveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima para controle da vazão das águas da chuva. Outra intervenção importante acontecerá dentro do Parque Estadual do Prosa com a recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português.

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