Atividade pode trazer benefícios emocionais e também vantagens neurológicas
O Setembro Amarelo é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, um momento importante para explorar alternativas que promovem o bem-estar emocional. Entre essas alternativas, a dança se destaca como uma prática acessível e eficaz para enfrentar a depressão e melhorar a qualidade de vida.
Assim como outras atividades físicas, dançar contribui para a liberação de serotonina no cérebro, um neurotransmissor associado a sensações de bem-estar e relaxamento. A baixa concentração de serotonina está frequentemente ligada a estados de ansiedade e depressão. Ao praticar a dança, a produção desse neurotransmissor aumenta, o que pode resultar em melhorias significativas no humor, na qualidade do sono e na regulação do apetite, do ritmo cardíaco e da temperatura corporal.
Além de seus benefícios para quem já enfrenta problemas emocionais, um estudo realizado pela Universidade La Salle (UniLaSalle) revela que a dança pode atuar na prevenção da depressão. A pesquisa, que envolveu 265 mil pessoas de 20 países, mostrou que a prática regular de dança reduz o risco de desenvolvimento de depressão no futuro.
A dança é uma atividade acessível a todos e pode ser praticada sem a necessidade de equipamentos especiais. A música e o movimento proporcionam uma forma prazerosa de promover a saúde mental. No entanto, é importante lembrar que a dança deve complementar, e não substituir, tratamentos médicos e psicoterapia.
Além dos benefícios emocionais, a dança também oferece vantagens neurológicas. “A prática pode estimular diferentes áreas do cérebro, melhorando a memória e reduzindo o risco de doenças neurológicas. Dançar em casal, por exemplo, pode amplificar esses benefícios, ao exigir coordenação e interação, oferecendo ainda mais estímulos ao cérebro”, pontua Ivan Sousa, professor de dança há mais de duas décadas.
Ele lembra que ao longo de sua trajetória ensinando pessoas a dançar, diversas delas buscaram a atividade como uma aliada no tratamento contra a depressão e outras condições, como ansiedade e estresse, por exemplo. Para Ivan, o Setembro Amarelo pode ser um lembrete eficaz para quem busca considerar a dança como uma ferramenta para a saúde mental e pode ser um passo positivo em direção ao bem-estar, se mostrando como um caminho acessível e envolvente para melhorar a qualidade de vida e combater a depressão.