Documentário sobre Heavy Metal em Campo Grande será exibido no MIS, com apoio do FIC

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O MIS (Museu da Imagem e do Som), vinculado à FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), promoverá na próxima quarta-feira (11) a exibição do documentário Barulho do Mato, que aborda a cena do heavy metal em Campo Grande. Produzido com recursos do FIC (Fundo de Investimentos Culturais) do estado, o evento é gratuito e aberto ao público.

Em meio à paisagem única do cerrado e às amplas planícies sul-mato-grossenses, uma narrativa inexplorada surge entre os amplificadores e as cordas das guitarras. O documentário, dirigido pelo jornalista Lucas Arruda e pela cineasta Mariana Sena, revela o vigor da cena do heavy metal na capital.

O média-metragem explora a vitalidade de um estilo musical que permanece forte através de riffs marcantes e letras profundas, evocando memórias nostálgicas dos pioneiros do rock local e apresentando esse universo rebelde às novas gerações.

“Campo Grande ainda carece de um registro mais consistente de sua história musical. Talvez isso seja reflexo de um Estado jovem. Senti que faltava algo que contasse a trajetória do metal por aqui”, comenta Lucas Arruda. “Onde estão as histórias das bandas? Especialmente as antigas. Quem foi o primeiro? Como tudo começou? A partir dessas perguntas, conversei com amigos do meio, como Lelo, guitarrista do Katastrofe, e Kão, do punk, que sempre esteve presente no metal. Foi assim que o projeto começou a ganhar forma até conseguirmos financiamento para iniciar a produção”, explica.

O documentário abrange as décadas de 1980, 1990 e os primeiros anos dos anos 2000, uma fase de grande diversidade e evolução do heavy metal em Mato Grosso do Sul. Bandas como Alta Tensão, Necroterium, Sacrament, Disharmonical Tempest, Katastrofe, No Name, Kreatures Dark e Haze estão entre as mencionadas no filme.

“Registrar esses relatos é uma tarefa urgente, especialmente porque já perdemos alguns músicos e produtores daquele período, assim como materiais audiovisuais que retratavam a época”, destaca Arruda, enfatizando a importância de preservar essa memória antes que desapareça.

Cátia Santos, diretora de fotografia e editora do documentário, destacou os desafios envolvidos na captura dessas histórias. “Contar a trajetória de um estilo musical como o heavy metal em um Estado onde o sertanejo predomina foi um desafio. A fotografia e a edição são elementos-chave neste trabalho, pois ajudam a tecer as histórias que construíram nosso metal”, explica Cátia.

Barulho do Mato explora as adversidades e as vitórias enfrentadas pelos músicos de heavy metal em um Estado conhecido por seu conservadorismo. O documentário também aborda obstáculos logísticos e culturais, destacando as influências que moldaram a cena do metal em Mato Grosso do Sul, deixando uma marca significativa no cenário artístico local.

O documentário foi produzido pela Arruda Comunicação, com financiamento do FIC – Fundo de Investimentos Culturais, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) do Governo do Estado. Mais detalhes podem ser conferidos no Instagram @assessoriaarruda.

Serviço:

Exibição do documentário Barulho do Mato
Data: 11 de setembro (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Museu da Imagem e do Som, localizado no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro – Campo Grande
Entrada gratuita

Karina Lima, Comunicação Setesc
Foto de destaque: Carlota Philippsen