Preocupada com a eficácia na qualificação profissional inclusiva dos jovens campo-grandenses, a Prefeitura de Campo Grande, a partir de agora passa a contar com um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para auxiliar os participantes durante as aulas em alguns cursos oferecidos pela Secretaria da Juventude. A iniciativa se dá por meio de uma parceria da secretaria com a Subsecretaria de Direitos Humanos, a qual está vinculado o Centro Municipal de Interpretação de Libras (CMIL).
Conforme a superintendente de Ações e Programas para a Juventude, Jucelma Rocha, a Sejuv sentiu a necessidade de ampliar o rol de atendimentos no momento em que foram inscritos três jovens com deficiência auditiva. “Agimos prontamente e já viabilizamos a parceria para que pudéssemos atender aos jovens. Nós mobilizamos esforços para tornar o curso acessível e para que elas tivessem a oportunidade de participar e serem qualificadas profissionalmente”, destaca.
A superintendente enfatiza que a meta da Sejuv é ter mensalmente pelo menos um curso mensal com a participação dos intérpretes e tradutores, visando atrair mais alunos com essa demanda e que para que o cronograma seja cada vez mais inclusivo.
Para o professor Marcos Fabio Almeida dos Santos, intérprete de Libras do CMIL, essa dá mais visibilidade para a Língua Brasileira de Sinais e também oportuniza o aprendizado dos surdos. “Ações como essa ajudam na efetivação das pessoas surdas no mercado de trabalho, garantindo seus direitos”.
A estudante Ciências Biológicas, Érica Gonçalves dos Santos, acredita que fazendo o curso pela Sejuv terá mais oportunidade no mercado de trabalho. “Aqui eu vejo que o curso vai poder incluir os surdos e dar mais oportunidades e é muito bom fazer parte de uma turma onde a inclusão é realidade”, disse.
Para a intérprete de Libras, Juveirce Christiane Condi, a iniciativa é excelente para a inclusão. “Temos diversos surdos que procuram essas primeiras experiências e cursos para poderem inserir-se no mercado de trabalho. Para a comunidade é de suma importância e primordial”.
“É muito importante para a inclusão dos surdos no mercado de trabalho e ter a competitividade igual a dos ouvintes. É um incentivo para que outros não ouvintes procurem a Sejuv”, afirma monitora de alunos, Leseliê Rodrigues de Oliveira.