A taxa de desocupação em Campo Grande no terceiro trimestre de 2023 foi de 3,1%, o menor número para um terceiro trimestre desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a divulgação da Pesquisa por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-T), em 2012.
Este número também posiciona Campo Grande em segundo lugar entre as capitais do País, atrás apenas de Porto Velho (2,9%). Os números da capital do Mato Grosso do Sul também a colocam abaixo das médias estadual e nacional que, segundo o IBGE, foram de 4,0% e 7,7% respectivamente.
Em relação ao segundo trimestre de 2023, houve uma variação de 0,1 ponto percentual na taxa de desocupação, o que é considerado como estabilidade pelo IBGE. Comparado ao mesmo trimestre de 2022, houve uma queda de 3,0 p.p. Os números da capital são ainda comparativamente melhores que ao de outras nações desenvolvidas como Estados Unidos (3,9%), Canadá (5,7%) e Alemanha (5,8%).
Para o economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos, o índice de 3,1% indica uma situação de pleno emprego, que é conhecido como o mais alto grau do uso de forças produtivas da economia, principalmente no uso de trabalho.
“Este cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão-de-obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio. Pleno emprego não é sinônimo de ausência de desemprego, pois há tipos não-cíclicos de desemprego, como o desemprego friccional (haverá sempre pessoas que abandonaram ou perderam um emprego sazonal e estão no processo de conseguir um novo emprego) e desemprego estrutural (falta de correspondência entre as habilidades dos trabalhadores e os requisitos do trabalho), ou seja, o pleno emprego não é um nível em que o desemprego é nulo, mas que atinja um nível satisfatoriamente baixo”, esclarece.
Conforme a pesquisa, Campo Grande possui 746 mil pessoas em idade para trabalhar, destes, 496 mil estão na força de trabalho. Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) e que estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas). 15 mil pessoas estão desocupadas (mesmo patamar que no trimestre anterior) e 36 mil estão subocupadas (11 mil a menos que no trimestre anterior). Todos os números encontram-se abaixo do período pré-pandemia.
A renda média do trabalhador atingiu R$ 3.940,00 no terceiro trimestre, uma variação de 3,1% frente ao trimestre anterior (R$ 3.857,00) e de 10,2% frente ao mesmo período de 2022 (R$ 3.575,00). O rendimento médio mensal real das pessoas ocupadas em Campo Grande é 32% superior à média nacional (R$ 2.982,00) e 19% em relação à média do Mato Grosso do Sul (R$ 3.315,00).
Para a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, os dados reforçam o panorama de crescimento econômico pelo qual Campo Grande vem se beneficiando na pós-pandemia.
“Desde julho de 2020, quase 40 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados. Apenas em 2023 houve um saldo de 7.227 novas vagas, com destaque para serviços, construção civil e indústria. No mesmo período houve um aumento de 28 mil novas empresas na capital, em sua maioria micro e pequenos empreendedores que aproveitaram os desafios e as oportunidades geradas pela fase pós-pandemia para iniciar o próprio negócio”, conclui.
O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, complementa e diz que a pesquisa demostra que todo o trabalho realizado pela Prefeitura de Campo Grande para promover o desenvolvimento econômico tem surtido efeito. “Estamos trabalhando para fortalecer todas as matrizes econômicas de Campo Grande, além de desburocratizar o acesso a empresas e evidenciar a Capital das Oportunidades para todo o Brasil. Meu principal objetivo é o fortalecimento de Campo Grande para o país e para a América Latina, permitindo com que o campo-grandense possa ter um ganho maior de salário, de recursos, de lucro, para que a vida possa ser melhor”, destaca.