Não espere a sede apertar: beber água e alimentação leve ajudam a encarar o calorão em MS

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Ah, que delícia o verão… Falta pouco mais de um mês para a tão desejada estação do ano começar e o forte calor causado pelas mudanças climáticas e efeitos do fenômeno El Niño – que acontece na porção central e sul do oceano Pacífico, com implicações mundiais – já registra marcas históricas e aumenta a preocupação quanto a saúde da população.

O cenário não passa despercebido pelas autoridades públicas de saúde do Estado, com inúmeras recomendações publicas, indo desde cuidados com o corpo até a dicas para evitar despercídio de água e, assim, não causar a sobrecarga no sistema de distribuição.

Mesmo que seja praxe a orientação, o hábito de beber água deve ser reforçado no período para que o corpo se mantenha hidradato. “A prioridade é tomar água mesmo. Alguns recursos para aumentar a ingestão hídrica podem ser adotados, como as águas saborizadas com frutas e especiarias, o consumo de tereré e sucos naturais sem adição de açúcar”, diz o nutricionista da Coordenadoria de Doenças Crônicas da Secretaria de Saúde, Anderson Holsbach.

Outra orientação dada pelo nutricionista é não espera que a sensação de sede se manifeste para se hidratar, sendo o ideal ingerir mais água que o habitual durante todo o dia. “O recomendado é não ficar longos períodos sem ingerir água. Se for praticar atividade física, carregue consigo algum utensílio que permita levar água”, destaca, e completa em seguida.

“Evite refrigerantes, sucos artificiais, sorvetes e afins e bebida alcoólica. Por mais que o calor ative o desejo por esses alimentos e bebidas, eles são considerados ultraprocessados e por isso tem uma alta carga de açúcares e demais aditivos artificiais que são nocivos para a saúde. A bebida alcoólica tem efeito potencial na desidratação”, explica Anderson.

Distribua a alimentação em intervalos

Holsbach também pede cuidado quanto a alimentação no que tange a quantidade ingerida de uma só vez. “Procure fazer refeições leves, comendo menores volumes de alimentos e com intervalos menores”, frisa o nutricionista ao apontar que é melhor fracionar os pratos.

“Evite refeições com preparações gordurosas, rico em sal e açúcares. Além de terem digestão mais dificultada, podem estar mais suscetíveis a contaminação. Nesse período invista nas saladas folhosas, vegetais que podem ser servidos gelados, como por exemplo a caponata”, acrescenta Anderson, que indica por fim o consumo de frutas. “Elas podem ser levadas à geladeira, ajudam à refrescar, hidratar e nutrir”, conclui.

Para quem cuida além de si, a atenção deve ser redobrada com crianças e idosos – estes últimos com um hábito menor de ingerir água. Por isso, é necessário que se oferta água com frequência para os dois grupos e use as estratégias indicadas acima para que se evite problemas.