Volta dos Jogos Abertos de MS traz nostalgia e motiva nova geração de atletas e técnicos

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Após nove anos de paralisação, os Jams (Jogos Abertos de Mato Grosso do Sul) voltaram. A competição teve novo formato: desta vez abrangeu tanto equipes com jovens na faixa etária dos 15 a 17 anos, selecionados devido às suas colocações nos Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul, quanto times adultos indicados pelas federações das respectivas modalidades.

O sentimento de nostalgia em participar novamente do campeonato e a contribuição com o esporte local já aflora em alguns participantes mais experientes, aqueles que inclusive já foram campeões de suas modalidades. É o caso de João Vitor Nascimento, que nesta edição de retomada atua como técnico da equipe de voleibol masculino de Corumbá. Ele já venceu os Jams em quatro ocasiões como treinador.

“Eu participei do Jogos Abertos duas vezes como atleta, em 1997 e 1998, e essa é uma experiência única para esses atletas, para essa nova geração que está vindo. Acho que eles têm que aproveitar muito que o Governo do Estado está incentivando novamente essa competição. É um novo desafio ter que contribuir para a formação de novos atletas e levá-los para competições nacionais. Acho que essa é minha contribuição para o voleibol do estado”, explica o técnico.

O treinador complementa falando da importância que o retorno do Jhams têm para o desenvolvimento na formação dos atletas que completaram o ensino médio recentemente.

“O grande benefício que traz uma competição como essa é a sequência do trabalho de formação do atleta. Nós temos muitos que até o ano passado terminaram o ensino médio e não tinham mais perspectivas de jogos. E a possibilidade dos Jogos Abertos de Mato Grosso do Sul é uma sequência que a gente vai dar no trabalho de formação. Então, conseguimos sempre ter um celeiro de atletas aqui no estado para as categorias e como nosso foco é a Superliga, então nada mais importante do que o Jams para poder preparar e garimpar esses atletas para montar uma equipe”.

Bruno Albuquerque, jogador de handebol da seleção de Campo Grande, também já participou de outras edições dos Jams e relata qual o sentimento de voltar a jogar a competição. “É muito massa essa volta, na época da faculdade a gente jogou bastante. Eu cresci jogando ele e, agora que estou mais velho, trago o campeonato para a galera mais nova”.

Com um time experiente e atletas com carreiras inclusive em ligas nacionais e na Europa, Bruno acredita que os Jogos Abertos também têm o intuito de compartilhar experiências, as quais os mais jovens podem aprender com os mais velhos.

A tradicional competição do calendário sul-mato-grossense foi uma realização do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania).

Ao todo, 21 municípios foram representados em quadra: Água Clara, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Antônio João, Bela Vista, Caarapó, Corumbá, Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Dourados, Itaporã, Jardim, Maracaju, Nova Andradina, Ponta Porã, Rio Brilhante, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia, Sonora e Três Lagoas.

O Cemte (Centro Municipal de Treinamento Esportivo) e o Sesc Horto receberam as partidas de basquetebol. O futsal teve confrontos no Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão) e no Centro Poliesportivo Dom Bosco. Os jogos de handebol também aconteceram no Guanandizão, enquanto houve ainda duelos no Ginásio de Esportes Eric Tinoco Marques, o Moreninho, no campus Cidade Universitária da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

As partidas de voleibol ocorreram no Instituto Mirim e no Círculo Militar, local que também abriga a Comissão Central Organizadora e o refeitório do evento. O público pode acompanhar todos os jogos com a entrada é gratuita.