A conversão e abastecimento do primeiro caminhão movido a GNV (Gás Natural Veicular) e diesel, conhecido como Tecfuel, marca o início do suprimento de combustível menos poluente ao transporte rodoviário de cargas sul-mato-grossense e é mais um passo dado pelo Governo do Estado no processo de mudança de matrizes energéticas para fontes de energia mais limpas, previstas na meta de tornar Mato Grosso do Sul, até 2030, um território reconhecido internacionalmente como Carbono Neutro.
Todo o processo foi acompanhado pela MSGÁS, empresa pública vinculada à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
“Esse é um momento histórico para Mato Grosso do Sul, além de a tecnologia do GNV reduzir os custos de carga pesada, ela também significa menor impacto ambiental na matriz de transporte, tanto de cargas, nesse momento, quanto de passageiros, futuramente. Isso ocorre devido ao fato de o GNV emitir menos poluentes”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
De acordo com o diretor-presidente da MSGÁS, Rui Pires dos Santos, “este é o primeiro passo para a entrada definitiva dos caminhões pesados na tecnologia do GNV, uma conquista que representa vantagem competitiva notável, à medida que as empresas buscam manter suas frotas operando com eficiência e redução de custos em um ambiente de mercado desafiador”.
Segundo Rui Pires, a instalação do kit GNV de 5ª geração, em conjunto com o diesel, promete ganho substancial no desempenho do motor, o que é uma notícia bem-vinda no setor de transporte. Ele reforça que a MSGÁS participa fortemente do desafio lançado pelo governador Eduardo Riedel na busca de ações efetivas pela consolidação da redução da emissão de gases do efeito estufa.
“Uma meta ousada para chegar a 2030 neutralizando as nossas emissões”, diz, lembrando que neste ano o governador assinou decreto isentando do IPVA e mais taxas do Detran novas conversões de veículos para o GNV. “Estamos oferecendo um vale-conversão de R$ 1.000 para estimular nossos motoristas a optar pelo GNV”, destaca Rui.
O GNV é reconhecido como alternativa mais limpa em comparação com o diesel tradicional, uma vez que emite menos substâncias atmosféricas, como o dióxido de enxofre e material particulado. Além disso, seu uso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, um passo crucial na direção da mitigação das mudanças climáticas.
Um dos principais destaques desta iniciativa é a autonomia de até 700 km em rodovias, o que elimina preocupações com a disponibilidade de infraestrutura de abastecimento que frequentemente envolve proprietários de veículos movidos a GNV.
Isso significa que esses veículos podem percorrer distâncias consideráveis sem a necessidade de reabastecer, tornando-os mais eficientes e práticos para o transporte rodoviário.
“A MSGÁS está demonstrando seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor de transporte. Esperamos que essa ação pioneira inspire outras empresas e indivíduos a considerarem o uso do GNV como uma alternativa mais limpa e eficiente, contribuindo para um futuro mais verde e sustentável”, avalia Fabrício Marti, diretor técnico e comercial da companhia.
Estudos da ZN 48, empresa responsável pela tecnologia instalada nos caminhões, revelam que essa transformação pode resultar em economia financeira de até 15% e um incremento de 25% na média de quilômetros percorridos por litro.
Cada caminhão convertido representa redução de até 35% nas emissões de gases poluentes na atmosfera, um benefício inegável para a qualidade do ar e do meio ambiente.
Boa alternativa
Em um mercado volátil, onde a política de preços dos combustíveis oscila constantemente, a busca por soluções que garantam a eficiência, economia e segurança das frotas se tornou imperativa para proprietários de transportadores, motoristas e autônomos. O sistema TecFuel é uma resposta a essa demanda, focando na otimização do consumo e gerando economia e sustentabilidade.
O GNV, embora seja um combustível fóssil, emite um menor teor de gases poluentes da atmosfera, como monóxido de carbono (CO), do que os combustíveis tradicionais. Assim sendo, ele se torna uma alternativa mais limpa e sustentável para a utilização em veículos.