Patins de ferro de 1985, enceradeira, walkman, câmera filmadora analógica, disco de vinil e disquete. Objetos antigos e nem tão antigos assim, mas que para os alunos do 2º ano da Escola Municipal Tertuliano Meirelles eram desconhecidos, até a exposição idealizada pela unidade para promover conhecimento aos estudantes.
A exposição é a culminância do que foi estudado em sala de aula. Segundo a professora Priscila Celeste Neves, a ideia da mostra surgiu após estudos e a falta de conhecimento por parte dos alunos. “A maioria dos alunos não sabia o que era disquete, nunca viram um disco de vinil, patins de ferro. Nós então, com ajuda dos pais, pedimos emprestado algumas relíquias e montamos a exposição”.
De acordo com a assessora pedagógica da escola, Terezinha Vanzeler, a exposição é uma história de vida. “Cada objeto tem muita história por trás e saber sobre o passado é importante para a caminhada dos nossos alunos, que são o nosso futuro”.
Uma das histórias contadas pela aluna Thaunny de Souza Figueiredo, de 8 anos, é sobre a leiteira que foi exposta. “Minha mãe fervia o leite que eu tomava nela. A leiteira foi da minha bisavó que deu para minha avó e passou para minha mãe”.
João Lucas Teixeira Soares, também de 8 anos, disse o que mais o encantou na exposição. “Eu gostei do ferro de passar roupas e dos patins. O ferro é muito pesado, a professora explicou que tinha que usar carvão nele para esquentar”.
Ravi Burrori dos Santos, de 7 anos, se encantou pela máquina de escrever. “Você digita e o papel sai na hora, escreve mais rápido. Eu gostei da polaroid também, porque vou ser fotógrafo e me encanto com este tipo de objeto”.
Segundo o diretor da unidade escolar, Arthur Henrique Sousa de Oliveira, nem mesmo o telefone comum, dos mais atuais, tem aluno que conheça. “Esses dias veio um aluno na minha sala e precisava ligar para a mãe, eu disse para ele usar o telefone, mas achou estranho, nunca tinha visto um. Hoje em dia é tudo celular e as pessoas não têm mais telefone fixo”.
A exposição durou uma semana e a ideia é que faça parte da grade curricular, tamanho foi o sucesso. “A gente quer fazer ano que vem como uma linha do tempo, para aguçar a imaginação dos nossos alunos e tornar a exposição mais interessante”, esclareceu a professora.