Festival de Inverno de Bonito atravessa a madrugada com MPB de Juliana Linhares

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O Festival de Inverno de Bonito não para, nem mesmo após a meia-noite. Em uma madrugada mais fresca que as do inverno atípico deste ano, a potiguar radicada no Rio de Janeiro Juliana Linhares abriu as primeiras horas de domingo (27) com um MPB cheio de alegria, calor, releituras e homenagem ao nordeste, em um show colorido, alegre e forte.

Cantora, compositora, atriz e diretora, Juliana interpretou músicas bem conhecidas e que habitam a memória afetiva das pessoas. Moradora do Rio desde 2010, ela faz questão de dizer que tem como missão quebrar os estereótipos sobre o povo nordestino.

É a primeira vez que ela vem a Mato Grosso do Sul. Antes de subir ao palco, ela conversou com a Assessoria de Comunicação do Festival de Inverno. “Eu conhecia (Bonito), mas não tinha vindo ainda. Conhecia de ouvir falar e pela internet, de ver as belezas naturais, das fotos belíssimas, da água. Eu queria muito vir, mas nunca imaginei que a vinda fosse junto com um festival de música, que é o meu trabalho. Para mim, é um combo especialíssimo estar aqui cantando e, ao mesmo tempo, vivenciando um pouco desse espaço tão maravilhoso”, conta.

Com seu sotaque marcante e encantador, Juliana afirma que vários amigos já haviam falado dos passeios e das belezas naturais de Bonito – um dos destinos de ecoturismo mais premiados do Brasil. Ela avaliou ainda a importância de o Brasil ter festivais tão plurais como esse que reúne estilos e manifestações artísticas variadas como música, teatro, cinema, oficinas, grafite, contação de histórias/literatura, gastronomia, artesanato, circo, entre outros, e declara que o trabalho artístico é feito de várias camadas, sendo que a música dela é inspirada em um livro.

“A pluralidade na nossa vida é importante porque nós somos plurais. É fazer pontes. O artista que tem um público, ele agrega um público de outro artista, que não conhecia e vai lá ver. Aí, passa a conhecer, passa a gostar. Uma pessoa que vem para ouvir um tipo de música tem oportunidade de ouvir um outro tipo de música e abrir a cabeça, e a gente tem mesmo que abrir a cabeça e aceitar a diversidade das pessoas, ouvir os vários discursos, as várias canções, as várias vozes das música”. Juliana Linhares falou ainda ter ficado feliz de cantar, em outro palco, depois do Emicida. Para ela, foi “construir uma ponte belíssima, trazendo São Paulo e Nordeste”, finaliza.

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