IBGE: Campo Grande é a Capital com menor taxa de desocupação do País pelo 2º trimestre consecutivo

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A taxa de desocupação em Campo Grande no segundo trimestre de 2023 foi de 3,0%, o menor número desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a divulgação da Pesquisa por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-T). Este número também é o menor se comparado ao das outras capitais estaduais e ao Distrito Federal, situação que se repete desde o 1º trimestre de 2023.

Em relação ao primeiro trimestre de 2023, houve uma queda de 0,4 p.p na taxa de desocupação. Os números da Capital são ainda comparativamente melhores que ao de outras nações desenvolvidas como Estados Unidos (3,5%), Canadá (5,5%) e Alemanha (5,6%). Os números da Capital do Mato Grosso do Sul também a colocam abaixo da média estadual que, segundo o IBGE, foi de 4,1%.

Conforme a Pesquisa, Campo Grande possui 749 mil pessoas em idade para trabalhar, destes, 505 mil estão na força de trabalho. Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) e que estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas). 15 mil pessoas estão desocupadas (2 mil a menos que no trimestre anterior) e 47 mil estão subocupadas.

A subutilização da força de trabalho, engloba os desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência de horas. A taxa de subutilização da força de trabalho é a porcentagem que esta subutilização representa dentro da força de trabalho ampliada (pessoas na força de trabalho somadas à força de trabalho potencial). Todos estes números encontram-se abaixo do período pré-pandemia.

Conforme o economista e Superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), José Eduardo Corrêa dos Santos, um índice de 3,0% indica uma situação de pleno emprego.

“O pleno emprego é conhecido como o mais alto grau do uso de forças produtivas da economia, principalmente no uso de trabalho. Este processo é possível para uma economia em constante expansão. Este cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão-de-obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio. Pleno emprego não é sinônimo de ausência de desemprego, pois há tipos não-cíclicos de desemprego, como o desemprego friccional (haverá sempre pessoas que abandonaram ou perderam um emprego sazonal e estão no processo de conseguir um novo emprego) e desemprego estrutural (falta de correspondência entre as habilidades dos trabalhadores e os requisitos do trabalho), ou seja, o pleno emprego não é um nível em que o desemprego é nulo, mas que atinja um nível satisfatoriamente baixo”, explica.

Uma dessas pessoas é a empreendedora Cleusa Mohr. “Por conta do nascimento do meu filho eu acabei optando por trabalhar por conta, por ter mais flexibilidade de horários. Foi uma opção acompanhar a primeira infância dele. Então, há muito tempo eu e meu marido Ricardo trabalhamos com mudança. Sempre estamos aprimorando nossos serviços e o retorno vem na mesma proporção”, afirma.

O secretário municipal da Sidagro, Adelaido Vila, complementa: “Este cenário reforça o panorama de crescimento econômico pelo qual Campo Grande vem se beneficiando no pós-pandemia. Desde julho de 2020, mais de 36 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados. Apenas no 1º semestre de 2023, houve um saldo de 5.104 novas vagas, com destaque para serviços, construção civil e indústria. No mesmo período houve um aumento de 21 mil novas empresas na Capital, em sua maioria micro e pequenos empreendedores que aproveitaram os desafios e as oportunidades geradas pela pandemia para iniciar o próprio negócio”, conclui.

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