Com o objetivo de fortalecer a troca de experiências entre coordenações e colegiados gestores das unidades da CMB (Casa da Mulher Brasileira), em funcionamento no País, está sendo realizado o 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.
Para a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Cristiane Sant’Anna, o 1º encontro das Casas da Mulher Brasileira, com a participação de gestoras estaduais e municipais e integrantes dos conselhos gestores é uma grande oportunidade para padronizar os serviços e ter um diagnóstico dos atendimentos às mulheres em situação de violência nos estados e municípios.
“Está sendo um momento muito rico para ouvir as experiências e os desafios de outras casas, percebemos que a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, continua sendo referência por ter sido a pioneira e ter conseguido desenvolver um bom trabalho junto a rede de atendimento e trabalhar de forma institucional”, frisa.
A iniciativa do evento é da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Ministério das Mulheres e faz parte da retomada do programa Mulher Viver sem Violência, anunciada em 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, e conta com a construção de 40 novas Casas em parceria com o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).
A proposta é que os diálogos possam subsidiar a atualização das diretrizes e protocolos de atendimento da CMB. Na ocasião, o tema trabalhado está sendo a transversalidade das políticas para mulheres no enfrentamento às violências. Com oficinas temáticas sobre o projeto arquitetônico, sistema de dados, fluxo de atendimento, diversidade e governança das atuais e futuras CMB.
Coordenadora do Nudem (Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres), a defensora pública Zeliana Sabala ressalta que participar do encontro é um momento único para repensar e avaliar os avanços que são necessários para alcançar o atendimento a todas as mulheres sem distinção de raça, cor, etnia, condição social, física e de saúde.
“É um momento de troca de experiências para sairmos fortalecidos e voltar para as nossas unidades na certeza de que estamos no caminho certo, mas que temos muito ainda o que percorrer para garantir que todas as mulheres sejam atendidas por esse instrumento público de acesso a proteção e a quebra do ciclo de violência contra a mulher”, finaliza.
Casa da Mulher Brasileira em Dourados
A 2ª Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul será construída em Dourados e tem previsão de entrega para 2024, segundo a Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres.
O projeto da Casa da Mulher Brasileira em Dourados está sendo construído de forma estratégica, além de ser a segunda maior cidade do Estado, reúne uma das maiores populações indígenas do Brasil. Desta forma o local vai oferecer atendimento às mulheres das comunidades indígenas da cidade e região.
Para Cristiane Sant’Anna, o equipamento de Dourados será referência no que diz respeito ao atendimento às mulheres indígenas, de fronteira e migrantes que passam por Dourados.
“A Casa em Dourados vai se tornar referência para outras casas que também tem como horizonte a possibilidade de atender mulheres indígenas e mulheres em situação de migração. Esse encontro é extremamente positivo, pois estamos discutindo fluxo, governanças, os desafios para atender mulheres trans, indígenas, negras, no sentido que a Casa da Mulher Brasileira seja um mecanismo cada vez mais diverso e atenda as mulheres em todas as suas especificidades”, explica.
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