O Governo de Mato Grosso do Sul publicou hoje, 12 de junho, no Diário Oficial a sanção da lei 6.070 de 7 de junho de 2023, que torna o dia 18 de abril o “Dia Estadual do Artista Visual”, em homenagem aos artistas Izulina Gomes Xavier e Isaac de Oliveira.
O Dia Estadual do Artista Visual em homenagem a Izulina Gomes Xavier e Isaac de Oliveira entrará no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul, instituído pela Lei Estadual nº 3.945, de 04 de agosto de 2010.
Para o presidente da Fundação de Cultura, Max Freitas, “é muito importante que essa data seja de reconhecimento dos nossos artistas, ainda em homenagem a dois grandes baluartes das artes em nosso estado, agora todos os anos poderemos homenagear com honras a todos nossos fazedores de arte”.
Izulina Gomes Xavier
Artista plástica, escritora e doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Izulina Xavier nasceu na cidade de Jaicos, no Piauí, em 18 de abril de 1925. Filha de José Arlindo Gomes e Maria Rita de Carvalho, Izulina se mudou para Corumbá quando o marido veio trabalhar na fábrica de armamento.
Autodidata e, sem nunca ter entrado em uma escola, escreveu romances; histórias de cordéis; livros de poemas; peças para teatro, além de ter confeccionado centenas de esculturas em concreto espalhadas por Corumbá, Ladário e cidades bolivianas que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul. Em 2003 e 2006 a história da artista foi retratada no Carnaval corumbaense.
O nome de dona Izulina, ou Izu, como também era conhecida, está eternizado na história e na cultura corumbaense e de Mato Grosso do Sul. Na Capital do Pantanal, a própria casa dela é uma galeria de arte, com várias estátuas de concreto dispostas nos portões. No ponto mais alto da cidade, no morro do Cruzeiro, a imagem do Cristo Rei do Pantanal é outra obra dela, além da via sacra que ajuda a valorizar um dos pontos turísticos principais da cidade. São 72 peças montadas.
Isaac de Oliveira
Natural de Itajuípe, Isaac de Oliveira nasceu na Bahia, mas passou grande parte da infância e juventude em Campinas, interior de São Paulo. Isaac foi publicitário e se mudou para Campo Grande em 1978, para fundar a própria agência de publicidade. Porém, quando começou a conviver de perto com os ipês, tudo mudou.
Na Cidade Morena, dedicou-se à pintura e à comercialização de quadros profissionalmente, com grande apelo aos temas regionais, principalmente a partir da década de 1980, quando lançou uma série de pinturas sobre índios, animais e peixes – era fã de pescaria.
No coração do Pantanal, o artista Isaac de Oliveira viveu. E com delicadeza, profundidade e sensibilidade usou a arte como forma de expressão: criou e retratou a exuberância da natureza, com cores que compõem um estilo inconfundível de sua arte. Hoje, seu imenso trabalho ultrapassa fronteiras com diversas obras e admiradores espalhados por diversos países. Tons que preenchem mais do que os olhos do espectador, inundam a alma e encantam todos os sentidos.