A suinocultura tecnificada e sustentável é o caminho para o Mato Grosso do Sul obter o status de Carbono Neutro em 2030. A meta foi defendida pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que participou nesta terça-feira (16) do 5º Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura do Mato Grosso do Sul. O evento foi realizado na 57ª Expoagro em Dourados e reuniu cerca de 750 pessoas nesta terça-feira. Verruck esteve acompanhado do secretário-adjunto Walter Carneiro Júnior e do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico, Rogério Beretta.
Reunindo produtores, técnicos do setor, pesquisadores, estudantes e autoridades para discutir a expansão da atividade em Mato Grosso do Sul, os avanços e as perspectivas do mercado nacional e internacional, a programação do Fórum trouxe para o debate a suinocultura 5.0. Realizado pela Asumas (Associação Sul-mato-grossense de Suinocultores), o encontro faz parte da celebração de 30 anos da entidade.
O titular da Semadesc destacou na abertura do evento a importância da cadeia produtiva de suínos e os ganhos em produção e sustentabilidade com o programa Leitão Vida que incentiva a criação cada vez mais tecnificada.”Temos uma expansão excepcional da suinocultura. Já temos uma propriedade fazendo o ciclo completo de produção em Mato Grosso do Sul, com uso no biodigestor na fertirrigação e bioenergia. Ou seja, do resíduo se gera o biogás e pelo equipamento se faz o biometano. A fazenda já abastece um trator e caminhão com o biometano. É a economia circular funcionando na prática”, salientou.
O secretário destacou que dentro da estratégia do atual governo, foi estabelecida a suinocultura como eixo fundamental de desenvolvimento. “Já somos livre de febre aftosa sem vacinação. Esse é o primeiro passo que demos esse ano. Agora temos todo um trabalho de vigilância para que possamos consolidar o Estado livre de febre aftosa sem nenhuma denominação. Queremos sair em bloco [para esse status], mas o governador Eduardo Riedel já definiu, se nos próximos dois meses, não alinharmos com os blocos, Mato Grosso do Sul propõe a saída sozinho da estrutura. A meta é para que possamos rapidamente tornar o Estado livre da aftosa”, pontuou Jaime Verruck.
O presidente da Asumas, Milton Bigatão, salientou que Mato Grosso do Sul tem uma suinocultura exemplar, que em poucos anos passou ser protagonista no País. “Assim que avançarmos no status sanitário, vamos alavancar ainda mais economicamente, com mais adesão ao mercado e demanda por exportação”, acrescentou.
O secretario ainda lembrou que a meta do Governo é investir na atividade como exemplo de descarbonização. “Defendemos este uso de tecnologia para as demais suinoculturas no Estado, inclusive aqui em Dourados a fim de buscar o Estado Carbono Neutro 2030. Estamos no caminho certo, com investimento privado e parcerias público-privadas”, finalizou.
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