Militares do CMO (Comando Militar do Oeste) estão sendo capacitados através do “Programa Integrado Intersetorial de Colaborador Voluntário”, criado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau), para atuarem como colaboradores no combate às arboviroses.
Durante a manhã, o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites, esteve acompanhando a abertura da capacitação e destacou a importância do envolvimento de todas as instituições no enfrentamento ao Aedes aegypti. Na oportunidade, ele enalteceu a parceria com o Exercito Brasileiro.
“Nosso agradecimento ao General Abreu, chefe do Estado-Maior do CMO, que aceitou o nosso pedido de parceria e envolveu as forças armadas no combate à dengue. Com a ajuda de todos, conseguiremos manter os nossos cidadãos e a nossa cidade protegida da dengue”, disse.
Os militares irão atuar como colaboradores nas ações de enfrentamento ao Aedes aegypti dentro das unidades pertencentes a instituição, contribuindo assim para o controle da dengue, zika e chikungunya. Cerca de 100 militares devem ser capacitados.
Colaborador Voluntário
O projeto é mais uma ferramenta que propõe estabelecer uma dinâmica operacional que possibilite um melhor controle de depósitos propensos à proliferação dos vetores transmissores da Dengue, Vírus Zika e Febre Chikungunya nas instituições, garantido que nestes locais não haja focos do vetor.
Seu principal objetivo é instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico.
Dados epidemiológicos
Do dia 01 de janeiro a 18 de abril foram notificados 6.991 casos de dengue e dois óbitos provocados pela doença na Capital. No mesmo período do ano passado foram 6.067 casos notificados e quatro óbitos.
Os índices são considerados preocupantes, o que reacende o alerta em relação as medidas de prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, sobretudo à dengue. Os casos de Chikugunya e Zika se mantém estáveis.
No último mês, houve um aumento de mais de 20% na procura por atendimento nas unidades de urgência e emergência do município em decorrência da doença.
Conforme mapa de notificações da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), referente a semana 01 a 14, oito bairros e parcelamentos de Campo Grande encontram-se com índices considerados muito altos, são eles: Caiobá, Chácara dos Poderes, Los Angeles, Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), Jardim Noroeste, Nova Lima , Tijuca e Tiradentes.
Com o objetivo de reduzir os índices de notificações, o município tem intensificado as ações de rotina e utilizado outras estratégias como a Operação Mosquito Zero, o programa “Colaborador Voluntário”, e o projeto Wolbachia.
Operação Mosquito Zero
Em pouco mais de cinco meses, aproximadamente 55,3 mil imóveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas durante a Campanha Operação Mosquito Zero. Os trabalhos foram iniciados em 16 de novembro do ano passado e concluídos no dia 31 de março. Cerca de 300 agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau) estiveram mobilizados nas ações. Ao todo foram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos eliminados.