Preços da saca no Brasil ficam em baixa pressionados por dólar e prêmios negativos

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O mercado brasileiro de soja teve mais um dia lento. Os preços voltaram a cair no Brasil, apesar dos momentos de alta em Chicago, pressionados pelo dólar e pelos prêmios. Apenas lotes pontuais foram comercializados no dia, nos melhores momentos do mercado. De modo geral, a comercialização é branda.

Confira abaixo a contação:

Passo Fundo (RS): caiu de R$ 147,00 para R$ 146,00
Região das Missões: estabilizou em R$ 145,00
Porto de Rio Grande: baixou de R$ 151,00 para R$ 150,00
Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 138,00 para R$ 136,00
Porto de Paranaguá (PR): recuou de R$ 148,00 para R$ 146,00
Rondonópolis (MT): depreciou de R$ 128,00 para R$ 127,00
Dourados (MS): retraiu de R$ 132,50 para R$ 132,00
Rio Verde (GO): decresceu de R$ 128,00 para R$ 127,00
Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira (13) com preços predominantemente mais altos, em dia volátil. A posição maio foi a única que apresentou valorização, ainda que leve.

A queda do dólar frente a outras moedas deu competitividade à soja americana. Além disso, o real se valorizou sobre o dólar, comportamento que inibe as exportações brasileiras e restringe a oferta no mercado mundial. O mercado chegou a subir mais de 1%, mas a queda do petróleo limitou a valorização.

As vendas no físico dos Estados Unidos seguem limitadas, com os produtores voltando suas atenções ao plantio da nova safra e de olho nas condições climáticas. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 364.500 toneladas na semana encerrada em 6 de abril. Para a temporada 2023/24, foram 66 mil toneladas.

Analistas esperavam exportações entre 150 mil e 700 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. A produção brasileira de soja deverá totalizar 153,63 milhões de toneladas na temporada 2022/23, com aumento de 22,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 125,55 milhões de toneladas.

A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mês passado, a entidade apontava safra de 151,42 milhões de toneladas.

Já a Bolsa de Valores de Rosario (BCR) fez um novo corte em sua estimativa de produção de soja da Argentina, de 27 milhões de toneladas estimadas em março para 23 milhões de toneladas em abril. Segundo a Bolsa, a produtividade média para a soja será a menor dos últimos 15 ciclos de produção na Argentina.

As importações de soja em grão pela China em março somaram 6,85 milhões de toneladas, alta de 7,9% sobre igual período do ano anterior. Já na comparação com fevereiro passado, a queda é de 2,7%. No acumulado do ano, as importações totalizam 23 milhões de toneladas, 13,5% superiores ao mesmo momento de 2022.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 3,25 centavos ou 0,21% a US$ 15,01 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,73 1/4 por bushel, com ganho de 1,00 centavo de dólar ou 0,06%. Demais posições subiram.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 3,40 ou 0,73% a US$ 463,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 53,72 centavos de dólar, com perda de 0,28 centavo ou 0,51%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,28%, sendo negociado a R$ 4,9270 para venda e a R$ 4,9250 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8960 e a máxima de R$ 4,9400.

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