Programa “Escola Segura, Família Forte” é expandido para atender 128 escolas públicas em Campo Grande

321

O programa “Escola Segura, Família Forte”, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da PM (Polícia Militar), vai atender 128 escolas da Rede Estadual de Ensino e da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande.

Até o ano passado eram atendidas 31 escolas estaduais e 29 municipais, mas a partir de agora serão, respectivamente, 78 e 55 unidades escolares atendidas. Com a expansão, a previsão é de beneficiar aproximadamente 100  mil alunos dos ensinos fundamental e médio da Capital.

“O programa funcionava como projeto piloto e foi realizada uma avaliação, e agora podemos expandir, atendendo todas as escolas da Rede Estadual e 50 da Rede Municipal. O funcionamento será com protocolos, em rede, com apoio da segurança pública, assistência, saúde e educação. É um programa de extrema importância para a sociedade e que tem surtido efeitos significativos”, afirmou o coordenador do programa na Sejusp, Valson Campos dos Anjos.

Diretor Orlando Peralta

“Fomos atendidos desde o início do programa, e melhorou muito a segurança da escola. É visível a mudança para os alunos e a comunidade. Além da atuação no entorno, com as rondas, ainda tem o auxílio no dia a dia da escola, com orientações e parcerias quando necessário”, explicou o diretor da EM Consulesa Margarida Maksoud Trad, no Bairro Estrela Dalva, Orlando Rodrigues Peralta.

Para os alunos, a presença da PM no bairro e no entorno da escola, também é motivo de elogios. “Eu estou começando agora no ensino médio, e é bom a gente ver que tem proteção perto da escola e no bairro”, disse Maria Fernanda Bastos, 14 anos, aluna do 1º ano da EE José Maria Hugo Rodrigues, no Bairro Mata do Jacinto.

A diretora da unidade escolar Gleicy Kelly Menezes explica que atuação junto à comunidade escolar é essencial. “Nossos alunos eram constantemente assediados para o uso de drogas, esta é uma grande preocupação. A participação da PM nos traz segurança e proteção, para que possamos desenvolver nossa função na educação da melhor forma possível”.

“É gratificante ver um programa que implantamos se tornando uma política de Estado, que independente do governo, vai continuar beneficiando a sociedade. Sinal de que o trabalho que tivemos ao pensar cada etapa desse programa tem sido, até hoje, essencial para a sociedade, para a comunidade escolar e para as famílias do Mato Grosso do Sul. Estamos garantindo a presença militar nas nossas instituições de ensino sem tirar o verdadeiro papel da escola”, afirmou o vice-govenador José Carlos Barbosa, que atuou na implantação do programa enquanto titular da Sejusp. 

Reconhecimento

O “Escola Segura, Família Forte”, criando em outubro de 2017, foi considerado referência internacional pela CAF (Corporação Andina de Fomento) – com sede na Espanha -, que é um Banco de Desenvolvimento da América Latina, semelhante ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), por seu grau de inovação e importância. 

Para o diretor da Polícia Comunitária da PM, coronel Alexandre Rosa Ferreira, o objetivo é coibir e prevenir a violência ou o crime. “É importante a interação da escola e PM. Atuamos de forma preventiva com ações de fiscalização, palestras, orientação aos alunos. O objetivo do policiamento escolar é evitar o crime. E para os alunos auxilia no dia a dia da sala de aula, garantindo a permanência na escola”.

A rede de comunicação entre a comunidade escolar e o programa ocorre por meio de celulares disponíveis nas viaturas, além de um tablet que serve para o policial registrar toda e qualquer ocorrência dentro e no entorno das escolas. No total são seis equipes de atendimento em todas as regiões da cidade. Os diretores das escolas estão inseridos num aplicativo de mensagens que facilita a comunicação.

O patrulhamento escolar é feito por policiais militares levando em consideração dados de inteligência da Sejusp. Além da ronda no entorno das escolas na entrada e saída dos alunos, o programa promove a aproximação da comunidade escolar com a polícia e contribui para a redução dos conflitos no âmbito escolar.