O período de chuvas e calor intenso exige cuidados redobrados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento no número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya, sobretudo em suas formas graves.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites, destaca a importância de cada um fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti sendo o engajamento da população fundamental neste processo.
“É preciso que todos estejamos atentos para evitar o aumento na proliferação do mosquito e, consequentemente, das doenças. Não basta somente o Poder Público fazer a sua parte, é preciso a colaboração de todos”, alerta.
Levantamento da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde revelam que 80% dos focos do mosquito ainda são encontrados dentro das residências.
Os locais escolhidos para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão; os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena ou tecidos de tramas fechadas, de forma a evitar o acesso do mosquito; as caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.
“Os cuidados devem ser diários. O cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito. Pedimos à população que colabore inspecionando suas residências quando possível, com o objetivo de identificar ambientes propícios à proliferação ou a criadouros do mosquito”, reforça o secretário.
Além do trabalho de rotina, onde há a visitação domiciliar dos agentes de endemias, diariamente os bairros com maior incidência de notificações recebem a borrifação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como “Fumacê”, e os mutirões estão sendo intensificados nos bairros, através da campanha Operação Mosquito Zero, que teve a sua terceira etapa concluída no fim de dezembro.
A previsão é de que a campanha se estenda até o mês de fevereiro deste ano, contemplando as sete regiões urbanas do Município. As duas etapas anteriores foram realizadas nas regiões Segredo e Anhanduizinho. Ao todo, nas três etapas, foram inspecionados 24.398 imóveis, 13.827 depósitos recolhidos e 738 focos eliminados.
A edição anterior da campanha, realizada em maio do ano passado, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados. A Operação Mosquito zero é realizada em Campo Grande desde 2019, quando o município registrou mais de 40 mil casos de Dengue.
O Município executa ainda ações complementares de combate à Dengue, como o projeto Wolbachia, que está na sexta e última fase de soltura dos mosquitos com a bactéria.
” É um aliado extremamente importante e que tem apresentado resultados importantes no combate e prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas que trata-se de um método complementar. Portanto, o controle mecânico deve continuar sendo realizado”, conclui o secretário Sandro Benites.
Dados epidemiológicos
Conforme o Boletim divulgado hoje, de janeiro a dezembro de 2022, foram registrados 8.321 casos confirmados de Dengue e sete óbitos provocados pela doença, em Campo Grande. Neste mesmo período, foram 73 casos notificados e 1 confirmado de Zika, 194 notificados e 30 confirmados de Chikungunya.