Realizado desde os anos de 1990, mas paralisado em 2012 e retomado no ano passado com recorde de participantes, o Festival Internacional de Pesca Esportiva de Corumbá (Fipec) é um evento que atrai centenas de pescadores de Mato Grosso do Sul e de outros estados e do país vizinho (Bolívia), com foco na prática de uma modalidade que já se consolidou nos rios do Pantanal: o pesque e solte. Este ano, o campeonato será realizado de 3 a 5 de fevereiro, no Rio Paraguai.
Em sua segunda edição, o festival é considerado um dos maiores eventos da pesca esportiva em água doce no Brasil e tem o apoio do Governo do Estado. Promovido pela prefeitura de Corumbá e Acert (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), a próxima edição ampliou para 350 o número de equipes na prova principal (adulta) e 1.500 inscrições para infanto-juvenil, com mais de R$ 100 mil em prêmios (um carro zero, moto, barco de alumínio e motor de popa).
“O festival sempre foi um sucesso e tem esse propósito de motivar a prática do pesque e solte e criar uma consciência de preservação dos nossos rios”, realça o empresário Luiz Antônio Martins, presidente da Acert. “A ideia sempre foi realizar o festival no início da temporada de pesca esportiva, e este ano estamos alcançando esse objetivo, incentivando uma modalidade que introduzimos e teve a adesão dos turistas, que é o pesque e não leve”, completa.
Pesca e natureza
O Festival Internacional de Pesca Esportiva também promove o destino de pesca esportiva do Pantanal. Corumbá (distante 420 km de Campo Grande) tem a maior estrutura de barcos-hotéis e hotéis para a prática desse apaixonante esporte. A cidade recebe mais de 30 mil pescadores esportivos por ano, atraídos pelas belezas da região (é o maior município do Pantanal, com mais de 65% da área do bioma em Mato Grosso do Sul) e pela piscosidade dos seus rios.
Corumbá, conhecida como Capital do Pantanal, é também destino do turismo de natureza, cujos passeios podem ser feitos na Estrada-Parque Pantanal (MS-184), onde operam pousadas e hotéis-fazendas. O centro histórico, com seus monumentos e prédios dos séculos XIX e XX, remete à ocupação da fronteira oeste com influências europeias e platinas, destacando-se o Casario do Porto. A gastronomia pantaneira está presente no cardápio dos bares e restaurantes.
Renda e emprego
A manutenção da realização do Festival, como parte do calendário de eventos da cidade, se torna muito relevante, tendo em vista o seu potencial como atividade geradora de fluxo turístico, segundo o presidente da Acert. “Corumbá precisa de produtos com certificação para movimentar a cadeia do turismo e gerar emprego e renda para muitas famílias, além de potencializar o retorno dos investimentos financeiros do poder público”, afirma Martins.
Pesquisa realizada em 2022 pela Fundação Municipal de Turismo do Pantanal apontou que o Fepic daquele ano movimentou mais de R$ 3,5 milhões na economia local, gerando 1.050 empregos. A rede hoteleira (15 hotéis e pousadas pesquisados) teve uma taxa de ocupação de 66% (1.037 turistas, com permanência entre três e cinco dias), totalizando uma receita de R$ 622 mil em diárias. O público, em três dias, foi recorde: mais de 10 mil pessoas.
A segunda edição do festival abriu inscrições para 350 equipes (três pessoas por barco) na prova adulta, a ser realizada no dia 5 de fevereiro, das 7h às 15h, com saída no Porto-Geral. Em 2022, foram 256 equipes e mais de 700 pescadores esportivos. A categoria infanto-juvenil (6 a 17 anos), na prainha do Rio Paraguai, será no dia 4, a partir das 7h30. No dia 3, acontecerá a abertura oficial e entrega dos kits. Haverá shows ao vivo no Porto-Geral, com praça de alimentação.
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