Mais de 15 mil pessoas prestigiaram o Desfile Cívico-Militar em comemoração aos 123 anos de Campo Grande. A Rua 13 de Maio foi tomada neste domingo (28) por mais de 50 instituições entre escolas, projetos sociais, exército e forças da segurança, que percorreram o trecho desde a Dom Aquino até a 15 de Novembro, atraindo sorrisos do público que estava saudoso da parada, suspensa há 2 anos por causa da pandemia da Covid-19.
A prefeita Adriane Lopes abriu o evento destacando o momento especial e de muita alegria em poder retomar as atividades na Capital. “Depois de dois anos, o Desfile, tradicional e esperado pela população, marca esse novo tempo. Esse é nosso presente para Campo Grande, essa festa maravilhosa que podemos comemorar nos 123 da nossa cidade juntos, com vida e cheios de energia para trabalhar pela nossa Capital”.
Quem chegou cedo acompanhou desde às 6h a programação que começou com a tradicional Corrida do Facho. É o caso da Paloma Julie Pedro, 29 anos, que veio com os esposo e os 5 filhos. “Eu venho todos os anos, trago as crianças, e chego cedinho para garantir a sombra. Nós já gritamos, torcemos pelos atletas e dançamos com cada banda e fanfarra que passava. É muita felicidade”, conta ela, que veio do Bairro Moreninhas e prestigiou até a última entidade passar pelo percurso.
De bicicleta, Antonio Ribeiro de Oliveira, 69 anos, aliou o esporte e a cidadania. “Eu sempre participo. Aproveito para acordar bem cedo e pedalar até aqui. É um ato cívico importante que devemos prestigiar”, conta ele atento as apresentações das corporações de segurança pública.
Se protegendo com guarda sol, a comerciante Andrea Amaral e Carvalho, 46 anos, conta que há muitos anos não assistia ao desfile, mas que neste ano dois motivos a trouxeram até o centro, a saudade do tradicional evento e a participação de seus 3 filhos. “Estou feliz e empolgada que eles estão desfilando pela primeira vez”. Os jovens estão no Instituto Mirim e na Escola Cívico Militar Professor Tito.
Quem também estava comemorando as apresentações foi a aposentada Sebastiana Conceição, 60 anos, acompanhada do neto Otávio Silva de 12 anos. “Eu amo o Desfile, é bonito, alegre, e nós levantamos 5h já animados para aproveitar toda a manhã”, contou ela que além do desfile apreciou também os lanches comercializados no entorno do evento.
Entidades indígenas
Este ano, das 50 entidades participantes 7 foram instituições indígenas que participaram pela primeira vez, como Escola Municipal Cacique João Batista Figueiredo, de Sidrolândia. Acompanhados do Maestro Gabriel Pigosso Ribeiro, os alunos aproveitaram para treinar o que aprenderam na escola e para conhecer Campo Grande, como explicou o professor.
“Nós ficamos parados na pandemia e assim que abriram as inscrições garantimos a participação das turmas. E, foi uma festa porque para muitos é a primeira vez que vem a Capital”, conta ele que tem um instituto musical e cultura em Sidrolândia.
Quem também aproveitou o evento para fazer duas coisas que gosta foi a salgadeira Ezene Maria da Silva, que veio do Bairro Coopatrabalho. Além de assistir o desfile, ela trouxe salgados para vender. “Estava tudo lindo e foi bom para nós porque é a primeira vez que venho para vender não sobrou nenhum dos salgados (quibe, enroladinho de salsicha e de presunto e queijo)”, contou ela que vendeu 40 salgados, além de água e café.
O evento, que contou com a participação de secretários, vereadores e autoridades de Campo Grande, faz parte do calendário de aniversário da cidade que segue com inaugurações e entregas até dia 15 de setembro.
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