Crianças da rede municipal recebem aula de audiovisual e circo

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A cada cena gravada, o stop motion ganha vida. A cada coreografia no ar, a aluna vibra. É assim, com encantamento e superação de limites, que acontecem as aulas de “Audiovisual” e “Circo”, oferecidos pela Rede Municipal de Ensino nas unidades escolares de Campo Grande. O desenvolvimento integral da criança e do adolescente, com foco intelectual e cultural, é uma das grandes responsabilidades da Reme. E, para garantir que os alunos tenham acesso e vivências nas mais diversas experimentações são oferecidos treinamentos esportivos, aulas e cursos de artes, dança e música.

Na E.M. João Evangelista Vieira de Almeida, no Santo Amaro, a aluna – do 7° ano – Ana Rute Fernandes, 12 anos, é pura desenvoltura na produção dos cenários, personagens e também no manuseio da câmera e dos demais equipamentos tecnológicos usados para a gravação dos vídeos na aula de Audiovisual. “Eu aprendi a mexer nas câmeras. Gosto de gravar e também de aparecer nos vídeos e making off (bastidores). Amei fazer o stop motion. E também aprendi sobre a história do cinema”.

Além de toda produção artística envolvida, os alunos também discutem temas presentes no dia a dia escolar. “Estamos conversando sobre bullying, fizemos pesquisas e agora faremos um vídeo específico sobre isso, que vamos concluir nos próximos dois meses. E os alunos se envolvem em tudo, são curiosos e adoram aprender”, afirma o professor de Artes responsável pelas aulas, Bruno Godoy.

Para a diretora da escola, Mariluce Cavalheiro, o interesse dos alunos é principalmente por conta do uso das tecnologias. “É tudo que eles gostam, celular, computador, criatividade, aplicativos. Eles amam”.

Os projetos oferecidos pela Divisão de Esporte, Arte e Cultura (DEAC) nas unidades escolares da Rede Municipal de Ensino também atendem o desenvolvimento físico dos alunos. É o caso das aulas de “circo” realizadas na E.M. João de Paula Ribeiro, no Monte Castelo. É com piruetas e acrobacias, inclusive suspensas, que as crianças se encantam e literalmente fazem “arte”.

“Trabalhar o circo com as crianças é promover o desenvolvimento pleno das habilidades corporais. Às vezes, uma criança está um pouco desanimada, desmotivada e quando ela pratica a atividade circense, ela consegue perceber que é capaz de fazer algo que elas consideram aparentemente sobre-humano, mágico. Desenvolver as atividades circenses é fazer com o que o aluno se sinta plenamente capaz. O circo é tanto uma técnica de habilidades físicas quanto uma forma de arte, então conseguimos trabalhar com o aluno tanto a parte esportiva, como a cultural”, explicou a professora de artes e circo, Renata Cáceres.

Projeto

Entre os anos de 2017 e 2019, os projetos beneficiaram 45.754 alunos. As atividades, que desde março de 2020 estavam suspensas por conta do período de pandemia, foram retomadas em abril deste ano. Todas as aulas são realizadas no contraturno das aulas regulares, ou turno estendido, sempre nas unidades da Reme. No total são oferecidas 21 modalidades esportivas, seis linguagens artísticas e 21 expressões artísticas, beneficiando 15 mil alunos em 119 unidades escolares.

Os modalidades esportivas oferecidas são: atletismo, badminton, basquetebol, beach tennis, capoeira, esporte adaptado, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, jiu-jitsu, judô, karatê olímpico, kung fu, luta olímpica, natação, taekwondo, tênis de mesa, voleibol e vôlei de praia.

Além de dança (contemporânea, balé clássico, urbana, jazz dance, regional, corpo coreográfico), música (instrumento de corda, flauta, percussão, coral, regente de orquestra), artes visuais (desenho artístico, pintura em tela, artesanato, grafite, escultura), teatro, circo, audiovisual e xadrez. Para saber mais e se inscrever para participar dos projetos, procure a sua escola.

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