Roda de conversa debate “Combate às Fake News Relacionadas à COVID-19” na EE Professor Alício Araújo

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O projeto é desenvolvido na área das ciências humanas, mas esta atividade foi interdisciplinar para estimular a necessidade de compreensão e análise da “maquinaria” das fake news e aquelas específicas à vacinação de crianças e adolescentes

 Escola Estadual Professor Alício Araújo, que oferta educação em tempo integral, através do Programa “Escola da Autoria”, localizada em Dourados, promoveu debate acerca do “combate às fake news relacionadas à Covid-19”, através de “roda de conversa”.

A proposta desta atividade foi apenas uma entre aquelas que compõem o projeto desenvolvido na escola, entre 2021-2022, que conta com incentivo financeiro da FUNDECT (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), através do edital nº 02/2021 PICTEC (Programa de Iniciação Científica e Tecnológica do Estado de Mato Grosso do Sul).

Através do PICTEC, os professores das escolas públicas de Mato Grosso do Sul podem ter autonomia na propositura de projetos de iniciação científica a serem desenvolvidas no ensino básico. Esta é uma iniciativa importante para a valorização dos professores que possuem mestrado e/ou doutorado e atuam na rede. É também uma prática fundamental que deve ser incentivada no ensino médio público sul-mato-grossense, haja vista que estimula o “despertar da vocação científica” e “promove talentos potenciais” dos alunos envolvidos.

Estudantes realizaram atividade interdisciplinar para combater notícias falsas

Neste sentido, o projeto “Combate as fake news relacionadas à Covid-19” é coordenado pela professora e doutora em História, Márcia Bortoli Uliana e conta com dois bolsistas, Flávia Fernandes Trevisan e Rafael Rodolfo de Matos Filho. O projeto é desenvolvido na área das ciências humanas, mas esta atividade foi planejada de maneira interdisciplinar. A interdisciplinaridade foi promovida e estimulada pela necessidade de compreensão e análise da “maquinaria” das fake news, das fake news relacionadas à COVID-19 e, ainda aquelas específicas à vacinação de crianças e adolescentes.

Em outras palavras, foram realizadas leituras sobre as especificidades da pesquisa científica na área das ciências humanas e, em especial, da História, assim como, do desenvolvimento da pesquisa científica no ensino básico. Devido à amplitude e a complexidade da temática, não apenas a História pode nos ajudar a combater a “fabricação de notícias fraudulentas”, mas também a esfera jurídica, o Legislativo, a imprensa e as agências de fact-checking (verificação), a psicologia/psiquiatria, a tecnologia de informação e as próprias plataformas digitais podem (e devem) contribuir para combater as fake news.

Foram confeccionados questionários de sondagem, folder, banners, e mural no saguão da escola, utilizados para a reflexão sobre a temática

Neste contexto, a atividade realizada no dia 8 de junho contou com a presença de profissionais de inúmeras áreas e que puderam contribuir para a “conversa” a partir de sua atuação profissional. Logo, na manhã de quarta-feira, a atividade envolveu todas as turmas de ensino médio da referida escola e foi realizada com os seguintes convidados: o prof. Dr. Rubens Barbosa Filho (Ciências da Computação da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), o prof. da escola e mestrando Kennedy dos Santos Silva, a advogada Maria Ester Moreira Canazza (representante da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil), o psicólogo Gustavo Pereira Rodrigues (representante do Conselho Regional de Psicologia), o jornalista Maurício Rebouças de Mattos e a enfermeira Michelli Chagas. Estes últimos não puderam estar presentes na escola, mas participaram através da gravação de vídeos que foram exibidos e fizeram parte do debate.

“Como dito anteriormente, esta foi uma das atividades do projeto. Já havíamos confeccionado questionários de sondagem, folder, banners, e mural no saguão da escola, utilizados para a reflexão sobre a temática. O projeto ainda está em desenvolvimento e outras atividades serão realizadas a citar: apresentação em eventos científicos (a exemplo da Feira de Iniciação Científica Júnior), produção de artigo, elaboração de mapa mental, bem como atividade de encerramento do projeto, previsto para agosto de 2022”, enfatiza diretor Marcos Falco de Lima.

A Escola

A Escola Estadual Professor Alício Araújo, com o lema “educando para vida”, promove educação em tempo integral, através do Programa “Escola da Autoria, ofertando do 6º ao 9º Ano o Ensino Fundamental Integral, além do Novo Ensino Médio Integral Profissionalizante, por meio dos cursos Assistente de Manutenção de Computadores e Infraestrutura de Redes para o 1°Ano, Desenvolvedor de Páginas Web para o 2° Ano e Desenvolvedor de Sistemas Computacionais para 3º Ano. Com uma formação pautada no protagonismo e autoria, a proposta pedagógica da escola busca a preparação para o Projeto de Vida de cada estudante.

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