Com óbitos confirmados por H3N2 em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, recomenda que a população mantenha os protocolos de biossegurança usados para a Covid-19, a fim de mitigar a disseminação do vírus da Influenza H3N2 no Estado. Conforme o Boletim Epidemiológico da Influenza, referente a semana epidemiológica 51, divulgado na terça-feira (28), a SES registra 44 casos positivos para H3N2, além de duas mortes ocorridas em Campo Grande e Corumbá.
A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destaca que é importante que a população vacine-se. “É importante que as pessoas que ainda não tomaram a vacina, iniciem o seu esquema vacinal para a Influenza. A vacina está disponível para a população em geral, a partir de seis meses de idade. Então, quem ainda não tomou, procure uma unidade de saúde para se imunizar. Vacinar-se é um ato de amor”.
Outro ponto lembrado pelo assessor militar na SES, Coronel Marcello Fraiha, está relacionado a aproximação das comemorações de final de ano, que neste caso, a população precisa estar atenta. “Quem apresentar sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, tosse, coriza, febre deve evitar comparecer aos locais de festividades e procurar uma unidade de saúde”.
Fraiha ainda ressalta que embora o Estado tenha registrando casos de Influenza. “A população não precisa entrar em pânico, mas precisa seguir todos os protocolos de biossegurança – uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento físico. Nós temos acompanhado a série histórica da Influenza desde 2009 no Estado, só no ano de 2016, 116 óbitos foram registrados e neste ano dois foram registrados até o presente momento. É importante que a população se proteja”.
A Secretaria de Estado de Saúde registra dois óbitos e se solidariza com as famílias que infelizmente tiveram perdas acometidas pela Influenza. O primeiro óbito ocorreu no dia 21 de dezembro em Campo Grande. Trata-se de um jovem de 21 anos que deu entrada no CRS Nova Bahia no dia 20 de dezembro foi transferido para o HRMS, mas não resistiu. O paciente não apresentava histórico de comorbidades. O segundo óbito foi registrado na terça-feira (28), no município de Corumbá. Trata-se de uma idosa de 76 anos, sem comorbidades relatadas que estava internada na Santa Casa de Corumbá. No registro da idosa consta que ela não havia tomado a vacina contra a Influenza. Os dois casos foram analisados pelo Lacen MS e confirmado para H3N2.
Quanto a cobertura vacinal, à época da Campanha da Influenza, o Ministério da Saúde havia definido um público alvo destinado a imunização de grupos específicos. O público-alvo apto a se vacinar era de 797.080 pessoas, no entanto, o total de vacinas aplicadas foi de 611.424 doses, correspondendo a 76,7% de cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul. Com o encerramento da campanha, as vacinas que sobraram estão disponíveis para a população em geral nas unidades de saúde dos 79 municípios do Estado.
A Influenza
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias.
O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática, até formas graves.
A doença tem início, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar, quadro que também pode ser desenvolvido com a Covid-19, além de outras viroses respiratórias.
A vacina influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, além de contribuir na redução da circulação viral na população, bem como suas complicações e óbitos, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.
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