Capital mais segura – Crimes contra o patrimônio e a vida apresentam quedas

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Levantamento da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) aponta que em Campo Grande houveram quedas em 8 dos 12 tipos de crimes monitorados pela pasta. As maiores reduções foram registradas nos crimes contra a vida e contra o patrimônio.

Conforme os dados da Sejusp, de janeiro a outubro de 2021 os feminicídios caíram 88,9% na Capital, passando de 9 casos em 2020, para um caso este ano. Já os homicídios passaram de 100 para 85 casos, uma redução de 15%.

Delegada Eliane Benicasa

A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande, delegada Eliane Benicasa, afirma que a redução de casos de feminicídio decorre da união de forças das polícias e de toda a rede de atendimento à mulher, tanto de instituições públicas e privadas do Estado e município, como Polícia Civil, Poder Judiciário, Defensoria e Ministério Público.

“Essa rede sempre se preocupou com a divulgação ampla e maciça da informação, para que chegue à vítima de uma forma rápida, clara, direta, concisa, tanto por meio das redes sociais, imprensa, como através de palestras, fazendo com que a mulher se fortaleça, se empodere e leve a situação até a delegacia, peça medidas protetivas e outras medidas como o acolhimento, evitando assim a consumação desse feminicídio”, explica Benicasa.

Crimes contra o patrimônio

Em Campo Grande a segunda maior queda, de 40%, foi registrada nos roubos seguidos de morte, em seguida vem os roubos a comércios (-16,5%), os furtos de veículos (-9,1%) e roubos em vias urbanas (-8,7%). Na capital houve queda também nos homicídios culposos no trânsito (-8%).

Delegado Giuliano Biacio

Conforme o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF), Giuliano Biacio, vários pontos combinados contribuíram para a redução. Entre eles o delegado aponta as seguidas operações realizadas pela unidade para cumprimento de mandados de prisão, levantamento de informações e prisões em flagrante dos envolvidos com furtos e roubos, por exemplo. “Esse trabalho investigativo é diário, tira os criminosos da rua e consegue, a partir das investigações, vincular eles a todos os crimes que cometeram”, garante.

Outro ponto que merece destaque, segundo o titular da Derf, foi o aumento no número de policiais e viaturas nas ruas da cidade, com a criação do programa OCOP (Obtenção de Capacidade Operacional Plena), da Policia Militar (PMMS). “A parte preventiva sendo feita de forma mais ostensiva ela acaba reduzindo a criminalidade”, acredita.

O comandante do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), coronel André Henrique Macedo, explica que com a criação do OCOP, em julho deste ano, houve uma redução no tempo de resposta dos atendimentos e, consequentemente, melhoria na qualidade dos serviços prestados à população pela PM.

“A maior presença da Polícia Militar nas ruas, de forma ostensiva, reduz o tempo resposta dos atendimentos, evita que uma ocorrência acabe em crimes graves contra a vida e o patrimônio e aumenta a sensação de segurança entre a população”, diz o coronel Macedo.

Crimes caíram também no Estado

No índice geral de crimes no Estado, foram registradas quedas, de janeiro a outubro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, de 23,1% nos roubos seguidos de morte, de 14,2% nos roubos ao comércio, de 10,8% nos roubos em via urbana e de 9% no agrupado geral de roubos.

Secretário Antonio Carlos Videira diz que números refletem retorno dos investimentos do Governo do Estado na segurança pública

Em Mato Grosso do Sul, caíram também os furtos de veículos (-8,5%), os homicídios no trânsito (-11%) e os homicídios dolosos (0,9%), que é quando há intenção de matar.

Novas viaturas, armas e equipamentos, robustecimento no policiamento preventivo, pronto emprego da repressão com o Grupo de Operações e Investigações (GOI) em Campo Grande e com os Setores de Investigações Gerais (SIG), nas cidades do interior, são fatores que contribuíram para as reduções expressivas nos índices criminais, segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.

“São resultados que mostram a eficiência não apenas da prevenção, como também da repressão que gera prevenção à medida que reprimimos o crime e prendemos autores de violência doméstica, além de evitarmos novas agressões, estamos prevenindo feminicídios. A mesma coisa ocorre com os autores contumazes de furtos e roubos, que quando tirados de circulação com as prisões, novos crimes deixam de acontecer”, afirma.

Outros fatores determinantes para as reduções dos índices criminais na Capital e nos municípios do interior de Mato Grosso do Sul são as constantes capacitações, bem como o empenho e dedicação dos policiais e agentes de segurança, segundo o secretário Videira.

Faixa de Fronteira

De janeiro a outubro crimes contra o patrimônio caíram também nos municípios da linha e faixa de fronteira. Os roubos a comércio apresentaram redução de 21,7%, os roubos seguidos de morte em 20%, os roubos em via urbana em 13,4% e o total de roubos, no agrupado, queda de 8,3%.

Na faixa de fronteira apresentaram quedas também os furtos de veículos (-7,3%) e os homicídios culposos no trânsito (-1,9%).

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