Alunos da Reme são raridade por serem finalistas da Olimpíada da Língua Portuguesa

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Os alunos do 7° ano da Escola Municipal Advogado Demosthenes Martins, no Octávio Pecora, vão representar a Região Centro-Oeste na final da 7ª Olimpíada de Língua Portuguesa. Os estudantes, os únicos de Mato Grosso do Sul na semifinal, agora também são representantes exclusivos da Região na etapa final, que está prevista para 10 de dezembro – em formato virtual.

A Olimpíada de Língua Portuguesa, que visa apoiar o aprimoramento das práticas de ensino de leitura e escrita, recebeu nesta edição, mais de 112 mil inscrições de 27 mil escolas de 3.877 municípios de todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal.

Os relatos deveriam conter estratégias, soluções, alternativas e inovações encontradas pelos professores durante a pandemia da Covid-19 para executar as atividades com seus alunos, de modo a garantir a continuidade do processo de aprendizagem. Para acompanhar o relato, os trabalhos do professor com os alunos podem envolver, em diferentes linguagens de mídia, a produção de vídeos, infográficos, fotos, podcasts (programas de rádio que podem ser ouvidos pela internet a qualquer hora).

O tema desta edição do concurso foi “O lugar onde vivo”, para estimular as realidades locais. O trabalho com os alunos teve início no mês de maio com quatro meses de duração. “O início foi feito todo de forma on-line, as aulas eram gravadas com toda a explicação dos gêneros. Nós elaboramos um caderno impresso de atividades para eles desenvolverem as oficinas em casa, quando nós voltamos fizemos o fechamento com a correção dos textos, a edição final e enviamos todo o material para a olimpíada”, explicou a professora Indianara Abreu Holsback, que orientou os alunos.

E para os estudantes que participaram, a produção dos textos contribuiu para a aprendizagem e também no dia a dia durante a pandemia. “Eu não consegui participar da Olimpíada de Matemática, então resolvi escrever para a de Português. Ouvi uma história da minha mãe, de quando ela morava no sítio e brincava de casinha no lugar onde ficava o porco que meu avô criava. Sempre que ele vendia um porco, minha mãe limpava tudo, passava cera no chão, e quando o porco vinha de novo não conseguia nem ficar em pé por causa disso.

Com o pouco que ela tinha, se divertia”, explicou o aluno Igor Brites de 12 anos.“A gente sempre conversa em casa, e como ele participou da categoria “Memórias Literárias”, usou essa história da minha infância. Vimos no período de aulas remotas, uma chance de melhorar o convívio e também participar mais do aprendizado. Ele nem esperava ser escolhido para representar a turma, então ficamos muito felizes com isso”, disse a mãe, Rosângela Vieira, 54 anos.