Dois flagras inusitados foram feitos pelas câmeras de monitoramento da da concessionária que administra a BR-163/ MS, a CCR MSVia em diferentes pontos da estrada. O mais recente aconteceu na última semana, no dia 04 de novembro, às 14h08, quando um pássaro deu o ar de sua graça e surgiu para uma das câmeras da Concessionária, na altura da cidade de Bandeirantes, no km 589.
A ave, que aparenta ser um canário-do-campo, ficou por alguns instantes se exibindo e logo saiu de cena. No entanto, após 22 minutos, às 14h30, ela voltou a aparecer rapidamente e traçou novo rumo em seguida.
Mas este não foi o único caso do tipo ocorrido na rodovia. No último dia 7 de outubro, situação semelhante foi registrada na altura do km 741, às 15h41, em Coxim. Outra ave, uma anambé-branca-de-máscara-negra, apareceu para a câmera instalada no local. A visita inesperada, e pra lá de especial, durou alguns segundos, tempo suficiente para que a ação fosse registrada pelas lentes da Concessionária.
Essas cenas estão se tornando menos raras, com a observação contínua das imagens. O fato nos gera alguns questionamentos e um deles é se a vida animal sofre com essa interferência urbana? Pra responder essa pergunta, fomos conversar com o Biólogo e Ornitólogo, Thauan Kill Thomaz, que fez da sua paixão por observação de aves, a sua profissão.
Segundo Thauan, de alguma forma a descaracterização ambiental causam uma perca na biodiversidade, mas algumas espécies são menos afetadas.
” De uma maneira geral a descaracterização ambiental promovida por ações antrópicas promovem sim a perca na biodiversidade, no entanto algumas espécies são menos afetadas ou até mesmo utilizam desses novos recursos, é bem comum encontrarmos ninhos de ben-tevi em transformadores de energia, joão de barro em cruzetas de postes ou canários da terra em telhados e tubulações. Os equipamentos de monitoramento podem ser utilizados como abrigo para nidificação”.
Estas aves são comuns para essa região e o biólogo aproveita para ressaltar a importância do vídeo monitoramento para a vida animal. “A informação sobre o comportamento e distribuição das espécies nunca é demais, então as atividades registradas por câmeras de monitoramento contribuem para subsidiar e desenvolver estratégias de conservação e preservação da biodiversidade” completa Thauan.
